Evento, que aconteceu em SP, também discutiu os desafios e as soluções para o setor
Na era da hiperconectividade, manter uma boa reputação pública tornou-se um desafio constante para marcas, artistas e personalidades. Esse foi o tema central do painel 'Gestão de Imagem & Gestão de Crise em Tempos de Superexposição', que reuniu especialistas do setor para discutir os desafios e soluções na área, na SIM São Paulo.
O debate contou com a participação de Amanda Gomes, CEO do grupo MAP; Karina Sato, advogada da Sato Rahal; e Yheurit Kalil, CEO da Agência Mosaico. A mediação foi conduzida por Luisi Valadão, CEO da Lupa Comunicação, que abriu a conversa destacando a importância de um trabalho preventivo na gestão de imagem.
O painel abordou como a superexposição pode ser um risco para a imagem de figuras públicas, influenciadores e empresas, exigindo uma abordagem estratégica na comunicação. A decisão sobre o que compartilhar e onde compartilhar foi um dos pontos levantados por Yheurit Kalil, que destacou a necessidade de critério ao usar diferentes plataformas digitais.
“Um dos desafios do mundo hiperconectado para os artistas e influenciadores é decidir o que e onde compartilhar seu conteúdo. Além da falta de critério na escolha do que compartilhar em qual rede, é fundamental que entendam que nem tudo deve ser compartilhado. A superexposição, além de não ser benéfica do ponto de vista de privacidade e saúde mental, também não é boa para o negócio e a marca do artista”, alertou Yheurit.

Outro ponto debatido foi o impacto da disseminação de fake news e da desinformação, agravado por mudanças recentes nas políticas das redes sociais. Amanda Gomes criticou a decisão da Meta de flexibilizar suas diretrizes de checagem de fatos, destacando como isso prejudica a gestão de imagem de artistas e profissionais da comunicação.
“A decisão da Meta de afrouxar as medidas de checagem de fatos é lamentável. Sentimos isso na pele enquanto uma agência diversa. Isso impacta de forma muito dura nossos artistas. Temos de ser ainda mais resilientes e vigilantes com a imagem e gestão dos nossos artistas, conforme o ambiente vai se tornando mais tóxico, com fake news e discursos de ódio”, afirmou Amanda.
A advogada Karina Sato, por sua vez, ressaltou que a exposição excessiva pode aumentar os riscos para artistas e influenciadores, tornando essencial o suporte de uma equipe especializada para orientar as decisões de posicionamento público.
“Quanto maior a exposição, maior o risco. É muito difícil ser genuíno e autêntico o tempo todo sem escorregar ou cometer deslizes. Para isso, é fundamental que o artista se cerque por uma equipe que o mantenha informado sobre o que de fato é relevante. Para, em conjunto, decidirem como e se deve haver algum posicionamento sobre este ou aquele assunto”, explicou Karina.