Com o objetivo de mRafael Davini, do IAB: precisamos entender essa mudançaapear e categorizar cases nacionais de marketing em redes sociais em diversos segmentos, a ESPM Media Lab apresentou a pesquisa “100 Casos de marketing em sites de redes sociais: cenário brasileiro 2006-2014”.

O estudo procurou compilar um conjunto de 100 ações de marketing mais expressivas no cenário brasileiro, que recorreram a espaços digitais mais relevantes – Facebook, YouTube, Twitter, Google+ e Instagram –, observando os efeitos e o buzz gerados no cenário da comunicação mercadológica.

A importância desse estudo para o Brasil deve-se ao fato de o país apresentar uma das maiores taxas de consumo e tempo gasto em redes sociais no mundo. De acordo com a e-Marketer, são 88 milhões de usuários de SRS, mais de um terço da população total. A Comscore, líder global em medição de audiência na internet, destaca que os usuários brasileiros passam em média 13,2 h mensais nessas redes, contra uma média global de 5,7 h e de 6,3 h nos Estados Unidos.

Um primeiro aspecto que o conjunto de cases deixou transparecer em relação ao cenário da comunicação mercadológica é o que parece ser o início do reconhecimento, pelas marcas e empresas, da necessidade de se comunicarem com os seus públicos de um modo mais leve, transparente e lúdico.

Um segundo aspecto levantado pela pesquisa foi o de explorar as dimensões hipertextuais e multimídias que os sites das redes sociais oferecem para a construção das mensagens atuais. Ou seja: uma mesma ação pode recorrer a diferentes modelos de linguagens midiáticas, bem como diferentes arranjos midiáticos nas ações de marketing de cada marca. “A pesquisa mostrou a necessidade de busca de diálogos das empresas com o seu consumidor”, diz Vinícius Andrade, diretor da ESPM Media Lab.

Cadu Aun, diretor-comercial do Twitter Brasil, elogiou o estudo e falou sobre a importância das hashtags no universo virtual. “Nosso desafio é mapear todas as hashtags, os interesses, e apresentar para o mercado publicitário”, afirma.

Lica Bueno, head de agências Latam do Facebook Brasil, ressaltou os próximos passos que o universo online dará daqui em diante. “A grande mudança é quão as redes sociais vão poder impactar no negócio e não somente na relação com o consumidor”, diz. “O crescimento do digital no país possibilitou a participação de pequenas e médias empresas na publicidade”, completa.

Já para Rafael Davini, presidente do IAB (Interactive Advertising Bureau) Brasil, resumiu o futuro em duas palavras: adaptação e adequação. “Precisamos entender toda essa mudança que estamos vivendo para construir esse prédio”, destaca.