Pesquisa apontou que 35% dos clientes cancelaram pelo menos um dos cinco principais serviços de streaming de vídeo nos últimos 12 meses
Chamado de 'Reinvent for Growth', estudo da Accenture entrevistou 6 mil consumidores para entender suas preferências e comportamentos em relação às experiências de entretenimento online.
O levantamento apontou que seis em cada sete consumidores desejam uma plataforma completa que simplifique as experiências de entretenimento com streaming de vídeo, fantasy game, redes sociais, comércio eletrônico.
Segundo a pesquisa, quatro em cada 10 entrevistados afirmaram que pagariam por uma plataforma única de serviços de entretenimento. gostariam de poder compartilhar seus perfis de streaming em diversas plataformas para uma maior personalização de conteúdo.
"Os serviços de streaming independentes enfrentam alguns problemas simples: existe um limite para o que os consumidores estão dispostos a pagar, além de um nível de complexidade e número de opções com os quais estão preparados para lidar. Está na hora de reinventar os ecossistemas de entretenimento para que as empresas do setor possam alcançar um crescimento lucrativo, ajudando os consumidores a obter tudo que precisam e desejam", explicou John Peters, diretor geral da prática de Mídia e Entretenimento na Accenture.
Ainda de acordo com o relatório, 35% dos consumidores cancelaram pelo menos um dos cinco principais serviços de streaming de vídeo nos últimos 12 meses, sendo que 26% afirmaram que planejam cortar um ou mais nos próximos 12 meses.
O levantamento também apontou que 76% dos entrevistados relataram frustração ao encontrar algo para assistir, seis pontos percentuais a mais do que o registrado em 2021, e 26% disseram que pode levar mais de 10 minutos para escolher uma opção de streaming (contra 17% registrado em 2021).
Outro ponto apresentando pela pesquisa mostrou que 55% dos consumidores se sentem sobrecarregados com o número de serviços de streaming disponíveis.
Além disso, o relatório também identificou três funções emergentes para empresas de entretenimento que estão competindo pelo tempo, atenção e dinheiro dos consumidores. A primeira delas são os agregadores de audiência, que consistem em empresas de plataforma com modelo de negócio diversificado que monetizam a atenção e o engajamento — direto ou indireto —, unindo diversos serviços em um único local.
A segunda ferramenta apontada pela Accenture são os cultivadores de audiência que são capazes de criar e monetizar o entretenimento em uma ou várias formas, como vídeo, música e games a partir de dados sobre o público principal.
Por fim, a última função apresentada pela pesquisa são os comerciantes de conteúdo, que se concentram na criação do melhor conteúdo possível sem precisar gerar receita com o engajamento alcançado por esse conteúdo.
"O futuro do setor de mídia está nas plataformas agregadas. Essas plataformas alcançarão dois resultados cruciais: a criação de serviços e pacotes inclusivos e com menor rotatividade capazes de gerar receita para as empresas de mídia, ao mesmo tempo em que oferecem experiências para que os consumidores encontrem e acessem o conteúdo com facilidade”, finalizou Imran Shah, diretor geral do grupo de Comunicação, Mídia & Tecnologia da Accenture