Em 2016, autoridades regulatórias da União Europeia endossaram as críticas em relação a forma como as empresas do Vale do Silício dominam o mundo digital. Entre as reprovações, estão a evasão fiscal e o tratamento de dados pessoais dos cidadãos europeus. Prova disso foi o valor de US$ 13,7 bilhões pago pela Apple ao governo irlandês por impostos atrasados. O Google, por sua vez, foi acusado de praticar truste com os aplicativos Android.
O Facebook tem sido, cada vez mais, um alvo para as autoridades europeias, uma vez que seu papel na economia da região tem crescido. Para 2017, são esperadas investigações na França, Espanha, Alemanha e Holanda sobre a forma como estão rastreando as ações dos usuários e as interações com o botão curtir. Além disso, a onda de notícias falsas publicadas na rede social e que podem ter ajudado a eleger o presidente americano Donald Trump também preocupa a Europa. Em março, a Alemanha vai fazer uma análise e o resultado pode afetar a forma como a empresa funciona.
O Uber foi proibido de atuar em algumas regiões da Europa. A Corte Europeia de Justiça deve decidir se a empresa é um serviço de transporte ou uma plataforma digital. Caso a primeira opção seja considerada, o aplicativo deverá seguir as regras dos serviços de táxi e abandonar serviços de baixo custo, como o Uber Pool. No entanto, se for considerado uma plataforma digital, pode ampliar suas ações no continente.
As batalhas judiciais das empresas do Vale do Silício podem ser perdidas na Europa em 2017 e, consequentemente, boa parte dos seus modelos de negócio podem mudar ao redor do mundo.
Com informações de O Estado de S. Paulo