A justiça suíça aceitou o pedido dos Estados Unidos pela extradição de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, ao país norte-americano. O cartola está preso em Zurique desde 27 de maio, quando o FBI invadiu os preparativos da eleição da Fifa e prendeu o brasileiro e mais seis altos dirigentes da entidade que governa o futebol no mundo e confederações regionais.

As autoridades dos Estados Unidos acusam Marin de aceitar subornos na venda de diretos de comercialização para a TV dos jogos da seleção nas Copas Américas de 2015 e 2016, além dos direitos da Copa do Brasil de 2013 até 2022.

De acordo com a investigação realizada pela Procuradoria de Nova York, o ex-presidente da CBF seria um dos beneficiários de uma propina de R$ 110 milhões pagos pela empresa uruguaia Datisa, que tem como dona a empresa de marketing esportivo Traffic, do empresário J. Hawilla, que já está preso nos Estados Unidos desde o ano passado e participando de um programa de delação premiada.

Segundo os procuradores do caso, o esquema de propinas foi fechado em janeiro de 2014, quando Marin ainda era o presidente da CBF e membro do comitê executivo da Fifa. O representante brasileiro na Conmenbol, que também está envolvida, era Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF, também investigado pelo FBI e que tem evitado sair do país desde o último mês de maio.