Ricardo Hoffman, ex-VP da Borghi/Lowe Brasília

A Operação Lava Jato prendeu mais quatro pessoas nesta sexta-feira (10). Além de três ex-deputados, também está envolvido o publicitário Ricardo Hoffman, ex-vice presidente da Borghi/Lowe Brasília, agência que atende a conta da Petrobras Distribuidora em sua unidade no Rio de Janeiro.

Além da Petrobras, Hoffman é citado por investigações sobre esquemas de lavagem de dinheiro na Caixa Econômica Federal, que também é cliente da Borghi/Lowe, assim como o Ministério da Saúde, que a partir de agora estão na mira das investigações junto com a petroleira na 11ª fase da operação comandada pela Polícia Federal.

De acordo com um despacho do juiz Sergio Moro sobre investigações no banco do governo federal, há indícios de que a Borghi/Lowe solicitava às empresas subcontratadas da Caixa que pagamentos vultosos, sem contrapartida de serviços, fossem depositados nas contas das empresas LSI e Limiar, controladas pelo então deputado André Vargas (Ex-PT-PR) e seus irmãos – Vargas é um dos ex-deputados detidos pela Operação Lava Jato esta manhã junto com Luiz Argôlo (ex-PP e atualmente no Solidariedade-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE). Vargas, inclusive, foi cassado pela Câmara no fim do ano passado por relações com o doleiro Alberto Youssef.

“Os fatos caracterizam, em princípio, crimes de corrupção, com comissões devidas à Borghi/Lowe, agência de publicidade contratada por entidades públicas, sendo direcionadas como propinas e sem causa lícita a André Vargas por intermédio do estratagema fraudulento” diz o documento assinado pelo juiz.

Segundo a Boghi/Lowe, Hoffman saiu da empresa no ano passado. A agência deve se posicionar oficialmente sobre o assunto nas próximas horas.

Agências

Além da Borghi/Lowe, a Caixa Econômica Federal tem contratos com as agências Artplan, Heads Propaganda e Nova/SB. Já o Ministério da Saúde  também conta com serviços da Agnelo, Calia/Y2 Propaganda e Propeg. Nenhuma destas outras agências estão citadas na investigação até o momento.