A ESPM em parceria com a Folha de S. Paulo realizou, nesta segunda-feira (17), mais uma edição do Arena do Marketing Folha/ESPM. Com o tema “Como pensa o consumidor: decifra-me ou devoro-te”, participaram do debate José Eustachio, CEO da Talent, Morris Kachani, jornalista da Folha de São Paulo e Ismael Rocha, professor e diretor acadêmico da ESPM.
O bate-papo destacou a experiência de Eustachio à frente da agência Talent desde o seu início. O pensamento do consumidor centralizou as discussões como uma ferramenta de sucesso para boas campanhas e resultados. A transferência do poder das empresas para as pessoas foi destacada pelo CEO como o novo perfil do consumidor, que se informa pelas redes sociais e possui muitas ofertas de marcas e produtos disponíveis para compra.
A pesquisa de mercado, importante instrumento para marcas conhecerem seus consumidores, é colocada por Eustachio como uma boa técnica. Porém, segundo ele, entrevistados podem mentir ao responder um questionário que é quantitativo. “Existem formas autênticas de investigar o que as pessoas estão querendo, já que compram pelo irracional e não pelo racional. O consumidor está buscando o prazer e para decifrar esses compradores é necessário apaixonar-se por eles, descobrindo o que os move”, explica.
Sobre a profissionalização dos publicitários, os cases de sucesso da Talent, de acordo com Eustachio, são resultado de uma união entre talento e tempo. Ele explicou a necessidade de ter profissionais preparados, bem orientados e com tempo suficiente para mergulharem no universo de cada cliente e criarem peças e campanhas originais. Cases das marcas Brastemp, Ipiranga, Net e Tigre foram relembrados pelo publicitário como exemplos de pesquisas profundas sobre o papel das marcas na vida dos brasileiros.
“A sociedade mudou e o que funcionava há 20 anos, hoje pode ser inadmissível. As propagandas de cigarro, por exemplo, são rejeitadas agora, mas eram sucesso há duas décadas. Atualmente, temos produtos posicionados para gays, e as culturas acolhem essa linguagem contra a descriminação. É preciso olhar sem preconceito para as mudanças sociais e fazer essa leitura”, finaliza Eustachio.