Em outubro, o Festival Cultura e Gastronomia Tiradentes virou Festival Cultura e Gastronomia Pró-Tiradentes. Enquanto não pode reunir 50 mil pessoas, como aconteceu em 2019, a 23ª edição do tradicional evento foi em formato digital e para ajudar na recuperação econômica da cidade.
A programação teve cerca de 250 atrações gastronômicas e culturais, em mais de 100 horas de conteúdo que estarão disponíveis no site e outras plataformas como Instagram, YouTube e LinkedIn.
Além de chefs renomados como Alberto Landgraf, Bela Gil, Rafael Costa e Silva, Rodrigo Oliveira e outros nomes da gastronomia criaram receitas com chefs locais, entre eles Rodolfo Meyer, Rafael Pires, Ricardo Martins e Juliana Ferreira. Além disso, o Festival contratou cozinhas e equipes em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, onde o público podia pedir para receber em casa.
Às vésperas do “Festival Fartura Gastronomia Du Brasil”, marcado para o período de 11 a 13 de dezembro, a organização prevê experiências físicas nas cidades de Belém, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, São Paulo e Porto Alegre, e experiências online em todo o Brasil.
Flavia Brunetti, diretora de marketing, comunicação e estratégias digitais do Fartura – Comidas do Brasil, fala sobre a experiência adquirida na edição de Tiradentes e dos diferenciais que marcaram a edição.
Ela afirma que o evento tem no DNA a gastronomia, mas este ano trouxe assuntos que permeiam as cidades por onde passa e reforçou a preocupação com os pequenos produtores. “Todos da cadeia produtiva foram filmados, entrevistados e divulgados. Eles têm tanto peso quanto os artistas que trazemos. Hoje, se focássemos apenas na gastronomia iriam pensar que o Fartura é um festival online de lives gastronômicas, mas não somos”, afirma.
Um dos maiores desafios foi mostrar aos patrocinadores e parceiros que era possível entregar com excelência através de uma experiência digital. “Para nós que fazemos eventos sensoriais, em que o cheiro e o gosto são essenciais para a construção, o principal foi mostrar soluções para marcas em formato digital, em que elas acreditassem no resultado, já que temos parcerias de anos. Com isso, fomos o único festival gastronômico do Brasil a não cancelar os eventos, tanto Tiradentes, quanto BH aconteceram e, agora, o nacional que vamos fazer em dezembro”, diz.
De acordo com ela, não houve nenhum outro festival que pegou o investimento de marcas parceiras para entregar um festival gastronômico online e, dessa forma, a relação com parceiros e investidores “dobrou”. “Mesmo quando os eventos físicos voltarem, nós estaremos na frente com o envolvimento digital. Estamos tão na frente na expertise digital que nunca mais vamos deixar esse lado dos eventos de lado. Foi um desafio e um aprendizado que agora não tem volta”, afirma.
Flavia reforça que não houve uma mudança da marca, ela continua a mesma. Foi adicionado o “Pró”-Tiradentes nesta última edição para deixar claro que a ação pró a economia da cidade, aos restaurantes e chefs locais.
“O maior diferencial de comunicação foi que não focamos apenas em gastronomia, nós trouxemos grandes nomes da música, de cineastas como João Wainer que dirigiu todos os nossos filmes, artistas como Felipe Morozini que fez o projeto social Fartura de Amor, Ana Strumpf que fez um livros de colorir para as crianças e Rafael Maia Rosa nosso curador de arte contemporânea. Na grande dança da comunicação foi que a cultura também ganhou tanto peso quanto a gastronomia.”