Paulo Macedo
Após a saída dos sócios Roberta de Pace e Marcelo Aragão, a Fallon São Paulo quer um novo parceiro societário, mas para atuar exclusivamente na área de desenvolvimento de negócios.
De acordo com Eugênio Mohallem, único sócio brasileiro da agência de Mineapollis, o projeto para o País permanece, mas com visão de longo prazo. “A Fallon nasceu com três pequenos clientes locais e se transformou em referência mundial. A rede está apenas no início e o Brasil tem papel estratégico nessa operação”, sintetiza Mohallem.
O nome do novo sócio ainda não está definido, mas a decisão não será protelada. “Estamos conversando com vários profissionais para ver o que tem mais sinergia com a organização”.
A Fallon São Paulo quer crescer, mas seguindo o benchmark da própria organização, que não nutre no estilo a autopromoção. A reformulação na gestão, necessária para a manutenção do negócio, revelou que “o nosso trabalho é o melhor diretor de negócios que poderíamos ter”. E ver. Está em fase de finalização um portfólio com os principais trabalhos desde a sua inauguração.
Na safra recente, o filme “Encanador”, que mostra o profissional usando a escova de dente do cliente, divulga o sistema antifraude do cartão de crédito do Citibank. Criado no Brasil, o comercial foi produzido pela americana Hungry Man com direção de Marcos Siega e faz parte da campanha “Chapeuzinho vermelho”, do Citi.
“Vários trabalhos realizados em São Paulo não são identificados como feitos por nós. A culpa é desse nosso jeito low profile. Mas esse trabalho, que pode ser exportado para outros países, foi criado aqui. Os demais filmes a agência adaptou da campanha da Fallon para o Citi. Temos uma ótima relação com o cliente no Brasil e isso facilita a criação”, diz Mohallen, lembrando também que as campanhas assinadas para a United Airlines, cliente fundador da filial brasileira da Fallon, têm dado visibilidade, mas inicialmente o crédito vai para a matriz.
“Uma campanha legal para a United. É importada?, pergunta o povo. Não, é da Fallon São Paulo. Mas, graças ao trabalho, a agência começa a chamar a atenção, a exibir musculatura, a atrair olhares de anunciantes que antes mal sabiam da nossa existência”, explica Mohallen, ressaltando que os únicos clientes alinhados da Fallon são o Citibank e a United. “A agência tinha a BMW, mas abriu mão da conta”, acrescentou.
Na carteira de negócios estão empresas como os relógios Dumond e Timex, revista Carta Capital, Lar Center e Shopping Center Norte. A Marisol, para quem criava as campanhas institucionais, está de saída da agência. O anunciante vai concentrar a conta na OpusMúltipla.