A Farofa Filmes, dos sócios Álvaro Beck, Michele Ruaro e Jasser Rossetto, foi eleita recentemente a Produtora do Ano do Prêmio Colunistas Rio Grande do Sul. A produtora tem perfil de boutique. “Com um conceito de film boutique, a produtora busca projetos que exijam uma elaboração mais aprimorada”, comenta Beck. Justamente em função desse perfil, a vocação da Farofa está cada vez mais voltada para moda e beleza, em que os detalhes visuais são de extrema importância para o resultado final.
Entre os recentes trabalhos estão os filmes da Luz da Lua, Via Marte, Dakota, Tanara e outros. “A gente nunca quis ser uma padaria de produção, de faturar a qualquer preço. A gente trabalha projetos mais bem acabados, mais bem construídos. Buscamos isso e temos tido a sorte de conseguir prazo para construir cada trabalho”, conta.
Em dezembro deste ano, a produtora completa dez anos de atuação. Com base em Porto Alegre, a Farofa desde o seu início atua em nível nacional. Este ano, abriu um escritório de atendimento e prospecção em São Paulo. Com a ideia de descentralizar as produções do eixo Rio-São Paulo, a Farofa procura produzir no Rio Grande do Sul, mas executa o projeto onde for melhor em termos de resultado.
Segundo Álvaro Beck, a relação custo e benefício para produzir no Sul é muito interessante. Ele afirma que existe uma diferença de preço de cerca de 30%. “Produzir no Sul tem uma diferença de preço considerável. Como as verbas estão cada vez menores, manter a produtora em Porto Alegre fica cada vez mais interessante”, destaca. “Até mesmo o aproveitamento de uma diária, em locação, ainda é bem menos caótico do que Rio e São Paulo. Esse ganho se traduz em preço. Sempre buscando qualidade”, complementa.
Com uma produção mensal média de dois filmes, a produtora tem crescido cerca de 10% ao ano. “Viemos num crescimento estável”, diz Beck. “Acredito que a gente adotou, desde o início, um perfil de trabalhar com rentabilidade. Isso explica o fato de estar há dez anos no mercado”, justifica. Beck ressalta que ter sido eleita a Produtora do Ano no Colunistas é muito gratificante. Outro prêmio importante foi o Leão de Bronze conquistado em 2006 com um filme para Neosaldina. A Farofa é a primeira produtora gaúcha a ganhar Leão em Cannes.