O ano de 2017 tem sido especial para a FCB Brasil, com conquista de contas, concretização do posicionamento e boa expectativa para o período. “A iniciativa privada entende ou está entendendo que o pior já passou. O ano passado foi inacreditavelmente mais complexo que esse”, diz Pedro Cruz, CCO (Chief Cultural Officer) e COO (Chief Operating Officer) da FCB Brasil.
Em junho, a agência adotou o posicionamento We Are Makers, conceito que vem do Movimento Maker, extensão da cultura Do-it-Yourself. “Os valores que vivemos são da cultura maker, como trabalho em conjunto e o apreço ao risco. Não vamos dizer que nascemos prontos para ser makers, mas estamos trabalhando nisso”, afirma Cruz. O executivo explica que a mudança concretiza o que estava sendo semeado, plantado e colhido há algum tempo na agência e a empresa apenas reconheceu o que já fazia sentido para ela.
No RH, por exemplo, atração, treinamento, desenho de carreiras e manutenção de talentos estão sendo feitos nessa nova cultura. As contratações recentes de Alexandre Nolasco, como gerente de mídia; André Pallu, como redator; e Antonia Zobaran, como diretora de arte, já refletem isso. “Os três fazem sentido dentro do espírito que a agência quer ter, é um tijolo a mais nessa história. (A CCO) Joanna Monteiro tem uma sensibilidade enorme para montar a equipe. Dá mais de trabalho porque passa por várias lentes, mas a gente diminui muito a chance de errar”, conta Cruz.
A FCB trouxe de Cannes Lions, este ano, dois Leões de prata na categoria Design, pelo case De Real para Realidade. O projeto para o Estadão é uma plataforma que calcula os bens e serviços que poderiam ser proporcionados à população com o dinheiro desviado pela corrupção. Feliz com o resultado, o executivo lembra que a comunicação é influenciada e também ajuda a influenciar o mundo, e faz sentido olhar para a comunicação como um vetor de valores e de transformações. “É um dever de casa mais complexo e interessante. É uma vertente contemporânea do que se espera da comunicação”, diz.
Em outubro, a agência vai apresentar a terceira parte de um estudo feito há cinco anos sobre a construção de confiança no mercado da comunicação. Em 2012, o foco foi confiança; em 2015, empatia; e, neste ano, será medo. O estudo mapeou a mente humana e como as emoções se estruturam na hora de construir a confiança. A ideia é entender como usufruir desse conhecimento para que o discurso da marca seja mais robusto e efetivo.
Na FCB desde 2011, Cruz destaca o jeito da agência de investigar as coisas além do óbvio e aprofundar o conhecimento sobre comunicação. Outro pilar é oferecer às pessoas espaço para participar, de forma aberta e transparente. “Gostamos de fazer as coisas bem planejadas, nada é feito de maneira impulsiva e improvisada. E tem espaço para todo mundo se manifestar. É um estilo democrático que o Aurélio trouxe”, elogia.
A agência foi fundada em 1973, passou por transformações até que, em 2014, adotou a marca atual. Sob o comando de Aurélio Lopes, presidente FCB Brasil e Chairman América Latina, ela tem cerca de 300 colaboradoes, a maioria em São Paulo, e 19 clientes, entre eles Mondelez, Sky e Brookfield Incorporações, um dos seis conquistados este ano, que mudou de nome para Tegra Incorporadora.