Profissionais de 31 das 47 produtoras associadas da FilmBrazil reuniram-se nesta noite (17), no Museu da Casa Brasileira, junto com sete representantes de agências publicitárias internacionais para o coquetel de abertura do Encontro de Relacionamento FilmBrazil, evento promovido pela Apro (Associação Brasileira das Produtoras de Audiovisual) em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que ocorre nesta quarta e quinta-feira (17 e 18)
Com orçamento anual de R$ 2,5 milhões, a FilmBrazil investiu R$ 200 mil neste vento no qual objetiva que as produtoras apresentem, em 20 minutos cada, seu trabalho, seus talentos profissionais e suas peculiaridades aos executivos internacionais que, nada mais são que formadores de opinião de seus respectivos países. “Vendemos serviço e queremos que voltem e procurem nossas agências e produtoras”, disse Leyla Fernandes, presidente da Apro.
Apesar dos encontros começarem somente amanhã, os avaliadores estrangeiros estão otimistas com o que vão ver. “O Brasil é muito criativo e acredito que é sim possível trabalharmos aqui”, comentou Chris Kyriakos, executive integrated producer da Crispin Porter + Bogusky dos Estados Unidos.
O talento brasileiro também é reconhecido lá fora e é um atrativo para as agências procurarem o País. “O Brasil possui grandes talentos, como o Marcello Serpa. E por essas e outras razões acho sim possível a Índia vir produzir aqui”, disse Ryan Menezes, diretor criativo da McCann Erickson da Índia. Os outros cinco convidados são: Ben Föehr, produtor da E+P Commercial (Alemanha); Boris Nurko, produtor executivo da Dieste (Estados Unidos); Josh Barwick, produtor da Home Corp (Inglaterra); Richard O’Neill, responsável pela produção de mídia da TBWA/Chiat/Day (Estados Unidos); e Till Hohmann, diretor criativo da Memac Ogilvy (Emirados Árabes).
Hermanos
Apesar da vizinha Argentina ter saído na frente em se promover como local de produção publicitária, o Brasil tem chances de crescer mais e abocanhar uma boa fatia deste mercado. Além das locações, a FilmBrazil acredita que um dos diferenciais do País seja a qualidade profissional. Mas mesmo assim, falta superar a África do Sul, o atual concorrente brasileiro. “Hoje, o maior concorrente é a África do Sul porque além deles saírem na frente, eles têm uma série de vantagens, como mesmo fuso horário que a Europa, já que estão no mesmo alinhamento; a língua, que é o Inglês; as locações são similares as nossas; e um grande incentivo do governo”, explicou Christiano Braga, gerente de projetos da Apex-Brasil.
por Maria Fernanda Malozzi