Segundo maior mercado fitness do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil entrou no radar da finlandesa Polar, que acaba de desembarcar no país com planos de recuperar a liderança no mercado de wearables.

A empresa, que inaugurou no mundo o segmento de dispositivos para monitoramento de frequência cardíaca, agora se prepara para disputar marketing share com marcas já consagradas em tecnologia esportiva, como Garmin e TomTom, e com as gigantes Samsung e Apple.

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Igor Meskelis, diretor geral da marca no Brasil, foi o funcionário número zero da companhia, que desde julho passado se estrutura em São Paulo para atender o mercado local. Como principais estratégias, a companhia terá postura agressiva de preços, disponibilizando seu carro-chefe, o smartwatch à prova d’água Polar M600 por R$ 1700. Lançado no final do ano passado nos Estados Unidos e Europa, o relógio com monitoramento cardíaco no pulso e GPS será vendido no Brasil a partir de abril e concorre diretamente com o Vivo Active HR, da Garmin, que sai com valor sugerido de R$ 1900.

A Polar traz ao mercado nacional seu novo posicionamento, com a campanha Chase your destiny, que em português, está sendo trabalhada com o conceito de “construa o seu destino”, como explica Meskelis. “Costumo dizer que se você quer construir seu destino, você tem que fazer isso com as próprias mãos. E essa foi a decisão do grupo ao estruturar operação própria no Brasil, e não apenas com um distribuidor. Com o tamanho do mercado, e seu potencial, chegou o momento de colocar a marca onde ela sempre deveria ter estado. Isso foi o que nos motivou a vir para cá”, explica o executivo.

Para abocanhar até 25% de market share no segmento de corrida, por exemplo, um dos grandes alvos da companhia, a finlandesa tem focado nos pilares qualidade, precisão e interatividade de seus produtos. A ideia é investir forte em ações de relações públicas com influenciadores digitais.

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Recentemente, a empresa anunciou também patrocínio e parceria estratégica com a assessoria esportiva MPR, do preparador físico Marcos Paulo Reis, em São Paulo, para estreitar relacionamento com formadores de opinião. Segundo Meskelis, o objetivo é ser mais do que financiar treinos ou ter o logomarca estampada na camiseta, mas promover treinões, fornecer treinamentos para os instrutores e apresentar o universo da marca aos alunos.

“Todo mundo que começou a praticar esportes desde cedo vai se lembrar de um Polar como referência. Por um lado isso é bom, mas a marca ficou com uma imagem, principalmente, no Brasil de um produto antigo, sem atualização tecnológica”, ressalta o executivo sobre o posicionamento da empresa. “Nesta nova fase queremos comunicar que além de um design interessante, aliamos alta tecnologia e conectividade. O que está faltando para a marca agora é fazer com que as pessoas saibam dessa história. Uma vez que o consumidor experimentar o produto, ele se dará conta da experiência superior”.

Além dos investimentos no segmento B2B, a marca também aposta na área de B2B, oferecendo suas soluções para academias de ginástica e clubes de futebol. Atualmente, a marca já é utilizada em times como o Bayern de Munique, e no Brasil, com o Corinthians e Chapecoense. Agora, a ideia é ganhar mais mercado nos próximos quatro anos, alcançando faturamento de R$ 250 milhões.