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A quinta edição do Fórum Nacional do Varejo, Consumo e Shopping Centers, que acontece neste fim de semana, no Hotel Sofitel Jequitimar, no Guarujá (SP), tem como premissa debater a contribuição do varejo no desenvolvimento econômico e social do país, setor que representa quase 10% do PIB brasileiro e tem sofrido nos últimos dois anos com a crise econômica. Centenas de líderes empresariais discutem temas pertinentes à área e a outros setores relacionados à cadeia de consumo, como marketing, concessão de crédito, tecnologia e comportamento de consumidores.

O primeiro painel nesta manhã, abordou o crescimento: “a contribuição do varejo e do consumo no desenvolvimento econômico e social do Brasil”. Vander Giordano, vice-presidente da Multiplan, uma das maiores empresas de shoppings do país, com 18 unidades, 5,4 mil lojas, disse que o país ainda engatinha no segmento de shopping centers em relação a outros países. Mas, está otimista em relação ao processo de desenvolvimento do negócio e a retomada do crescimento, baseada as reformas anunciadas pelo Governo Federal.

Ainda de acordo com Giordano, o futuro do varejo tem como desafios a tecnologia, ele destacou or big data. “Quem estiver mais à frente e saber estratificar os dados terá mais sucesso”. A impressora 3D; a internet das coisas: de que forma o varejo vai integrar tudo isso; e a inteligência artificial, quando a atividade humana vem sendo substituída por processadores.

A companhia investiu mais de R$ 1 bilhão no ano passado. E tem previsão de dois lançamentos para os próximos meses. “No Rio Grande do Sul a Multiplan vai inaugurar um shopping, apostando num estado que está sofrendo. Outro exemplo é o Rio de Janeiro, também em dificuldades”, diz, ressaltando que a empresa crê na retomada do crescimento. “Precisamos mudar a mentalidade do estado interventor, se isso não acontecer vai tonar essa retomada ainda mais difícil”. Em 2015, o Brasil contava com 520 shoppings centers, com faturamento de R$ 160 bilhões.

Roberto Mussnich, presidente do Atacadão, que em 2015 faturou quase 30 bilhões, operação que mais apresenta crescimento do Grupo Carrefour, também acredita que o setor tem passado por mudanças impactadas pela tecnologia. “No meio do caminho entre a indústria e o varejo”, a rede tem investido para renovar ativos, sortimentos e mão de obra.