Companhias digitais começam a proteger os dados de seus usuários

Quais são as companhias de tecnologia que se apegam aos princípios de privacidade do usuário e resistem à pressão de governos por este tipo de informação? A EFF (Electronic Frontier Foundation), uma organização fundada em 1990 para defender os direitos das pessoas no ambiente digital, listou as principais empresas neste quesito. Twitter, Facebook, Apple, Yahoo! e Microsoft estão na relação.

O estudo “Who has your back?”, em sua quarta edição, mostra informações a respeito dos esforços de 26 companhias – sejam elas provedoras de banda larga, e-mail, buscadores, portais, redes sociais ou plataformas mobile – para manter o sigilo das informações de seus usuários.

A pesquisa avalia essas empresas em até seis categorias de “luta” a favor da privacidade do usuário: se a empresa demanda um mandado judicial para ceder as informações, se ela notifica o mercado quando é intimada, se ela é transparente em relação aos pedidos governamentais, se mantém as suas diretrizes judiciais públicas e se luta pela privacidade de seus usuários no tribunal ou até no congresso.

Em 2014, Apple, Dropbox, Facebook, Google, Microsoft, Yahoo! e CREDO Mobile se juntaram à Sonic e ao pioneiro Twitter como detentores de seis estrelas douradas nestes quesitos. LinkedIn, Pinterest, SpiderOak, Tumblr, Wickr e WordPress falharam apenas em um critério – o de lutar judicialmente por seus usuários. Snapchat, AT&T e Comcast foram algumas das companhias com pior avaliação, o que significa que os governos podem ter acesso a um grande volume de dados.

“Após os vazamentos protagonizados por [Robert] Snowden, dezenas de companhias reviram as suas políticas de privacidade em relação ao fornecimento de dados para o governo”, afirmou o diretor de ativismo da EFF, Rainey Reitman, citando os acontecimentos no caso WikiLeaks.