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Adriana Barbosa, presidente da Feira Preta, acaba de anunciar o reposicionamento da marca com o lançamento da PretaHub, um hub de inventividade, criatividade e tendências pretas.

A iniciativa celebra os 18 anos da Feira, como aceleradora e incubadora de negócios e representa o reposicionamento da marca Instituto Feira Preta, que passa a concentrar todos os projetos na plataforma e também a atender pelo nome de PretaHub, e tem como objetivo expandir o alcance dessas iniciativas na população e investidores.

Na entrevista abaixo, Adriana detalha tais mudanças. Confira:

Explique o que é a PretaHub?

PretaHub é o resultado de dezoito anos de atividades do Instituto Feira Preta no trabalho de mapeamento, capacitação técnica e criativa, aceleradora e incubadora do empreendedorismo negro no Brasil. É a compreensão de que muito já foi feito, mas que o futuro é promissor, vasto e precisa ser olhado a partir da inventividade preta para fazer negócio, que é não apenas potente, mas o que de mais criativo e inovador existe nas práticas de um mercado saturado da falta de representação e proporcionalidade em seus modos de criar, desenvolver e escoar produtos e serviços. Com atividades em todo o país, PretaHub é um hub de inventividade, criatividade e tendência pretas.

Quais os principais produtos sob o guarda-chuva da PretaHub?

Afrolab: Com uma perspectiva sistêmica, que dá suporte e capacitação aos negócios desde sua idealização e origem até o escoamento final dos produtos e serviços desenvolvidos, o Afrolab é um programa de apoio, promoção e impulsionamento do afro empreendedorismo. Com uma metodologia exclusiva e inovadora, oferta conhecimento e capacitação técnica e criativa, com foco em inovação, inventividade e autoconhecimento. Em sua primeira edição, em 2018, capacitou mais de 250 empreendedoras e empreendedores em seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Maceió. Em 2019, leva para nove estados brasileiros o Afrolab Para Elas, voltado exclusivamente para mulheres negras empreendedoras.

AfroHub: O AfroHub é um programa de aceleração de empreendimentos negros com foco na decodificação dos códigos da internet para o uso das redes sociais de forma estratégica para o crescimento dos seus negócios. É idealizado em parceria com o Afrobusiness e Diáspora.Black, com o apoio do Facebook. No ano de 2018, capacitou mais de 1000 empreendedores em quatro estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Em 2019, o projeto chega a mais estados. Aguarde as novidades acompanhando as redes sociais da PretaHub e da Feira Preta.

Conversando a Gente Se Aprende: Diálogos criativos e propositivos com instituições privadas, públicas e marcas para sensibilizar e promover a cultura da diversidade racial dentro da organização a partir de diálogos qualificados, abordagem humana e centrada na qualidade das relações, autoliderança, corresponsabilidade e ações práticas. Metodologia própria criada e realizada em parceria com a Mandacaru Consultoria, este trabalho já foi desenvolvido para empresas como Netflix, Facebook, Google, Bloomberg e instituições como o MASP –Museu de Arte de São Paulo.

Festival Feira Preta: É o maior festival de cultura negra da América Latina, que em sua última edição recebeu mais de 50 mil pessoas. Evento que nasceu em 2002 como uma feira de produtos de empreendedores negros, hoje é um festival que apresenta conteúdos, produtos e serviços que representam o que há de mais inventivo e inovador na criatividade preta em diferentes segmentos do empreendedorismo, da tecnologia à literatura, da música às artes digitais, passando também pelos painéis com o que há de mais urgente e futurista nas reflexões da existência preta. Com programação que ocupa territórios descentralizados com atrações nacionais e internacionais, o Festival Feira Preta pauta a comunicação de grandes veículos de comunicação nacionais no mês de novembro, que celebra o Dia da Consciência Negra. Em 2018, foram mais de 40 atrações nacionais e internacionais ao longo de 10 dias, 120 expositores, atividades distribuídas 10 territórios culturais diferentes e circulação monetária superior a R$ 700 mil reais durante o evento

Festival Pretas Potencias: Festival Ressignifcativo da Abolição Inconclusa O Festival Pretas Potências surge para ressaltar a força criativa e inovadora da comunidade negra no passado, presente e futuro.

Fundo ÉdiTodos: O ÉdiTodos é um fundo social que reúne doze entidades, entre ONGs, aceleradoras e empresas sociais. É fruto do trabalho iniciados no âmbito da Força Tarefa de Finanças Sociais, liderado pelo Instituto de Cidadania Empresarial (ICE). A SITAWI Finanças do Bem faz a gestão dos recursos captados a partir de DOAÇÕES.

O reposicionamento de marca foi feito com a ajuda de alguma agência? Quem esteve envolvido?

Em 2019, a Feira Preta chega à maioridade. O que nasceu como uma feira de produtos e serviços de empreendedoras e empreendedores negros e se transformou em um Instituto dedicado a fomentar o empreendedorismo negro a partir de diferentes iniciativas chega ao 18º ano de atividades olhando para o futuro. Entendendo, aceitando e aprendendo com cada uma das etapas desta jornada, esta maioridade é celebrada com um importante reposicionamento e uma novidade: a PretaHub. O reposicionamento foi feito pela própria equipe que toca a comunicação da Feira Preta. Por Rodrigo Kenan responsável pelo designer de toda identidade visual, Mariana Lemos, responsável pela comunicação e a Maria Rita Casa Grande responsável pela tecnologia, construída num processo de co-criação com a interface com as outras áreas e pessoas que tocam os programas da Plataforma. Desde 2015 a Feira Preta vem passando por uma revisão de sua visão e missão, na perspectiva de inovação, como contribuição para os próximos anos.

Como as iniciativas auxiliam a população negra a empreender? Pode detalhar e dar exemplos de sucesso?

A Plataforma PretaHub não se relaciona exclusivamente com empreendedor negro como fim de um processo solto na lógica de quem produz e consome no país. O PretaHub pensa a relação com este empreendedor a partir de um olhar honesto e propositivo, entendendo seu papel fundamental na mudança estrutural de um mercado que precisa absorver este empreendedor não apenas em seus processos, mas no respeito à sua existência enquanto potência criativa e empreendedora. O PretaHub compreende, portanto, que a tradicional Feira Preta é um de seus produtos, parte integrante de um processo maior e estrutural da inclusão de empreendedoras e empreendedores negros em um ecossistema empreendedor que precisa ser mais justo e equilibrado em oportunidades e resultados financeiros, desde a criação com o suporte do programa Afrolab, passando pela produção e estratégias de distribuição e consumo com o escoamento não Festival Feira Preta e também no marketplace em uma parceria com o Mercado Livre.

Há envolvimento de marcas nos patrocínios? Pode citar as principais parceiras?

Sim. Instituto Coca Cola, British Council, Fundo Baobá, Fundação Tide Setúbal, Banco Itaú, Assai entre outras empresas.