Acaba de ser divulgada a lista de premiados da primeira edição do Gerety Awards, que nasceu para premiar trabalhos publicitários de excelência criativa e que respeitem, preservem e valorizem a igualdade e a diversidade, julgado por um grupo 100% feminino. O nome é referência à redatora Frances Gerety, que nos anos 40 criou o slogan “A Diamond is forever” para a DeBeers.
A premiação foi criada por Lucía Ongay e Joe Brooks – ex-global press manager e ex-global sales diretor da Epica Awards, respectivamente – e contou com a participação de mulheres que trabalham na indústria em várias partes do mundo. Foram realizados 10 júris em diferentes capitais, inclusive no Brasil. O país, por sinal, só conquistou uma premiação de Bronze, na categoria Craft: a VMLY&R levou com o trabalho “Tooth Fairy’s Address”, para a Faculdade de Odontologia da USP. Mas o Brasil foi finalista em Works for Good (My best flaw, Papel & Caneta), Health (Binóculos Nivea Sun, FCB São Paulo e Repelente Glitter daVMLY&R para Itaipava), Innovation (Fair Podium, VMLY&R para Aquatic Federation de São Paulo).
Levaram os Grandes Prêmios a agências Lola MullenLowe (Espanha), pelo trabalho Hidden Flag; a McCann New York por Changing the Game (para Microsoft), a VMLY&R Warsaw (Polônia) por The Last Ever Issue e a AMVBBDO sueca, que levou dois GP’s pelo trabalho Viva La Vulva (para Libresse).
A BBDO NY foi escolhida Agência do Ano, enquanto a BBDO Worldwide levou o título de Network do Ano. Foram premiados trabalhos de vários países: Austrália, Canadá, Colômbia, Dinamarca, França, Alemanha, Líbano, Holanda, Polônia, Rússia, Espanha, Suécia, Reino Unido e EUA, sendo que lideraram em prêmios EUA, Reino Unido, Alemanha e Espanha.
Participaram do júri no Brasil Ana Cortat, cofundadora da Hybrid Collab, Ana Castelo Branco, diretora de criação da WMcCann, Angela Bassichetti, diretora de criação da Warner Media América Latina, Duda Borelli, supervisora de contas digitais da FCB Brasil, Gabriela Hunnicut, fundadora e CEO da Bold, Gabriela Rodrigues, creative data manager da Soko, Gica Trierweiler, consultoria de inovação da Glíteres, Isabela Ventura, CEO da Squid, Jéssica Gomes, fundadora da Navaranda e community manager da Mutato, Joana Mendes, redatora freelancer, Kelly Christina Castilho, sócia e diretora de cena da Confeitaria Filmes, Laura Chiavone, CSO da Tribal Worldwide, Laura Esteves, diretora de criação da Y&R, Luiza Valderato, diretora de criação e redatora, Marilu Rodrigues, diretora de criação da Africa, Patrícia Weiss, chairwoman da Asas, Renata Leão, diretora de criação da J. Walter Thompson, Samantha Almeida, diretora de marketing e comunicação da Vevo e Viviane Pepe, global creative & content director da Avon.
“Sem dúvida o aspecto mais importante dessa premiação é a reunião desses júris por país, com 100% mulheres e o máximo de diversidade possível, totalmente fora do padrão. Já participei de vários júris, mas a vivência de participar de um júri só de mulheres, e que contava com pelo menos cinco mulheres negras – o que ainda parece um milagre no Brasil – foi muito especial e emocionante. Temos a percepção errada de que no Brasil vivemos a mistura, o contemporâneo da miscigenação, mas muita gente tem preconceitos contra tudo e todos. Uma vez a Shonda Rhimes (showrunner) disse numa entrevista, que não promovia a diversidade nos seus programas, uma palavra que ela nem gosta, mas ajudava a normalizá-la. A trazer a normalidade da sociedade para a TV. E júris com mais mulheres e mais diversidade de raças, origens e experiências nos normalizam, mostram o que é de fato a sociedade”, disse Patrícia Weiss, da Asas.com.br.
A lista completa dos vencedores pode ser encontrada aqui.