Gilberto Dimenstein, jornalista, escritor e fundador do site Catraca Livre, faleceu na manhã desta sexta-feira (29). Autor de mais de 10 livros, Dimenstein lutava desde 2019 contra um câncer no pâncreas.
Em uma de suas últimas entrevistas, o jornalista falou sobre como suas concepções sobre a vida, os afetos, as prioridades, mudaram após estar frente a frente com a doença.
Paulistano e de origem judaica, Dimenstein se formou em jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, na capital paulista.
Em 1994, publicou “O Cidadão de Papel”, que ganhou os Prêmios Jabuti e Esso de melhor livro de não ficção daquele ano. Na obra, o autor busca mostrar o desrespeito aos direitos humanos na nossa sociedade e apresenta uma rede que une o assassinato de crianças, a violência, a fome e a falta de escola com o desenvolvimento da economia, a crise da educação, a falta de emprego.
O livro discute o papel dos jovens como cidadãos de deveres e direitos , analisa as instituições do país e trata de questões sociais, como a má distribuição de renda e a desigualdade social. A obra também traz reflexões sobre documentos como a “Declaração Universal dos Direitos Humanos”.
Também escreveu “Aprendiz do Futuro” e “Meninas da Noite”.
Ele trabalhou também como colunista no jornal “Folha de S. Paulo” e como comentarista da rádio CBN, dos quais se desligou para se dedicar a um projeto particular, o site Catraca Livre, uma plataforma multimídia de jornalismo educativo que divulga atividades culturais gratuitas em São Paulo.
Na “Folha de S.Paulo”, foi diretor na sucursal de Brasília e correspondente em Nova York.
Ao longo da carreira como jornalista, trabalhou também em outros veículos de comunicação, como “Jornal do Brasil”, “Correio Braziliense” e a revista “Veja”. Ficou conhecido pela defesa de direitos nas áreas de educação e de meio-ambiente, nos quais atuava com projetos sociais.
Com informações do G1.