Apesar de o Clube dos Treze ter dividido em sete pacotes (TV aberta, TV fechada, pay-per-view, publicidade estática, internet, telefonia e direitos internacionais) os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de 2009 a 2011, a Globo deve ficar com todos eles por falta de concorrência à altura.
A divisão está de acordo com o parecer da SDE (Secretaria do Direito Econômico), ligada ao Ministério da Justiça, divulgado em maio deste ano, que classificou como anticompetitivos os contratos anteriores da emissora com o Clube dos Treze. No entanto, até agora, nenhuma proposta oferecida pelos concorrentes foi satisfatória aos clubes.
O grupo ficou com as placas publicitárias dos estádios, por R$ 90 milhões pelos três anos, a TV Globo ficou com os direitos da TV aberta e internet, por R$ 220 milhões, a SporTV com a TV paga, por R$ 50 milhões por ano, e a Globosat com as transmissões em pay-per-view, por R$ 110 milhões em 2009, R$ 125 milhões em 2010 e R$ 135 milhões em 2011.
A Rede Record não fez proposta para nenhum dos pacotes. No contrato de TV fechada, a ESPN fez uma proposta com valor equivalente a menos de 10% da vencedora. Para as placas publicitárias, a proposta da SmartVision ficou entre as finalistas, mas não levou a conta porque não deu garantia bancária.
Ainda falta a definição dos direitos internacionais e da telefonia. Segundo fonte do propmark, nenhuma das propostas oferecidas para os direitos internacionais até agora foram satisfatórias. Para os direitos da telefonia, a proposta da Globo é a mais tentadora: a empresa ofereceu R$ 5 milhões mais 50% do lucro obtido com as ações.
A definição dos direitos que faltam será discutida na reunião desta quinta-feira (10) do Clube dos Treze.
Em 2008, o contrato de direito de transmissão em todas as mídias foi negociado por R$ 300 milhões. Com a separação em pacotes, o lucro dos clubes deve ser maior.
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