A Globo foi eleita pelo mercado, por meio de sondagem proposta pelo PROPMARK, em novembro, o Melhor Veículo de Comunicação de 2021. Para Manzar Feres, diretora de negócios integrados em publicidade da empresa, esse reconhecimento, “ainda mais vindo do próprio mercado”, trouxe enorme alegria e satisfação. “Sermos eleitos como o Melhor Veículo de Comunicação de 2021 é resultado do trabalho de uma grande equipe, pautado pela busca constante de uma melhor solução para nossos clientes, pela inovação de nossas ofertas e pela relevância do conteúdo que entregamos para o público e para os nossos parceiros”, destaca.
Ela acredita que esse reconhecimento é uma junção de fatores como, por exemplo, a jornada de transformação acelerada que está “trazendo bons resultados”. “Somos uma empresa mais eficiente, mais ágil, menos hierarquizada”, avalia. Segundo ela, a organização dos canais e plataformas sob um mesmo guarda-chuva e o impulso nos negócios baseados no ambiente digital apresentaram ao mercado uma nova Globo, “capaz de conversar com o público em massa, na TV aberta, por nicho, na TV por assinatura, e de forma segmentada, no digital”.
“É um ecossistema completo, capaz de gerar conversão em todas as etapas do funil. Isso reforça a relevância da empresa”.
Para Manzar, a estratégia para se manter líder está na força da convergência de plataformas e no alcance do conteúdo, que “gera identificação com o público em todos os lugares, a toda hora, o dia inteiro”. “Em nossa jornada de transformação definimos três pilares, que são o core do nosso negócio: conteúdo, dados e tecnologia. É através desses pilares que pretendemos continuar criando as melhores experiências, levando conteúdo relevante para o público e entregando soluções inovadoras para nossos parceiros comerciais”. Ela fala que a relevância da Globo também os coloca num lugar de grande responsabilidade frente a outros temas importantes que a sociedade vem discutindo.
“Por isso, seguiremos atentos também às pautas de diversidade e inclusão, além de colocarmos esforços em questões importantes que norteiam a agenda ESG”, conta.
A executiva comenta também sobre a grande transformação que a Globo implementou nos últimos tempos. Para ela, é importante, primeiro, entender o que “é essa transformação”. Conforme palavras dela, muitas pessoas acreditam que seja apenas um processo de reorganização, de fusão, de onde nasceu essa nova Globo.
“Esse processo, que colocou nossa estrutura, baseada em dados, sob um mesmo guarda-chuva, terminou no primeiro semestre. Reorganizamos os negócios, direcionamos recursos para impulsionar o digital e demos condições para que essas frentes continuem crescendo de forma pujante”, esclarece, acrescentando: “Mas seguimos em nosso processo de transformação digital e isso é um processo vivo, como é em todas as empresas do mundo. Continuaremos atentos aos movimentos da indústria e do mercado”.
Ela também fala da pandemia e o quanto ela impactou a companhia. Manzar lembra que todo o mundo sentiu esse impacto. Segundo ela, quando a pandemia começou, o país já vinha em um período de desaceleração da economia. E isso gerou uma crise no mercado publicitário.
“No nosso caso, estávamos em plena reorganização. E a fusão, se por um lado nos fortaleceu como empresa para uma série de implementações que tivemos neste período, também nos exigiu continuidade dos investimentos e geração dos resultados. Mas mostramos ter solidez suficiente para passar por este momento e, agora, que já retomamos nossas produções inéditas e aumento da receita, começamos a reverter resultados positivos”.
Ela comenta que, de acordo com as informações divulgadas recentemente pela área financeira, há uma gradativa recuperação de receita de publicidade. “Neste terceiro trimestre registramos recorde na receita líquida, quando comparado aos últimos quatro anos. É um resultado que já mostra a retomada das produções inéditas, recuperação das receitas publicitárias e um grande crescimento também do Globoplay”, revela.
Mesmo com sinais de recuperação, ela avalia que 2022 será um ano desafiador para a economia, que vai exigir cautela. “Mas teremos marcos importantes para o desenvolvimento da indústria e, consequentemente, das experiências para o público e soluções para o mercado”. Manzar fala que a ideia é seguir investindo em soluções adtech e na ampliação da publicidade segmentada com a expansão da conectividade.