Além da programação linear da Rede Globo de Televisão, os usuários do app Globo Play têm alguns mimos únicos: acessos exclusivos para os assinantes, como a exibição integral de novelas e séries, acesso à biblioteca de acervos e contar com câmeras especiais que capturam imagens de programas como o Big Brother Brasil apenas para quem assiste à Globo por tablets, smartphones, desktops, monitores conectados à internet e Chromecast. Lançado em outubro de 2015, já contabiliza 12 milhões de pessoas acessando a plataforma. Eric Bretas, diretor de mídias digitais da Globo, é entusiasta do projeto.
“Na plataforma estão disponíveis trechos e íntegras da programação da grade, além de um acervo com produtos da dramaturgia exibidos desde 2010. Nas regiões do Rio e de SP, temos ainda o simulcasting, que espelha a programação da TV. As íntegras de dramaturgia e humor são exclusivas para assinantes, tanto as de títulos que estão no ar quanto as da sessão replay, onde está o nosso acervo. O desenvolvimento ficou a cargo da equipe de tecnologia da emissora e da Globo.com. Da concepção ao lançamento do produto, foram dois anos de trabalho. Tivemos alguns parceiros externos como a Fjord (user experience), a Accedo (desenvolvimento de TVs conectadas), a Storm Security (back-end de aplicações), a Cisco e a Elemental (infraestrutura de vídeos), além da Ateme (preparação do conteúdo 4K)”, disse o executivo.
Bretas diz ainda que a arquitetura contempla a comodidade para os espectadores no ambiente multiplataforma. “Ela foi criada exatamente para entregar o nosso conteúdo da forma que for mais conveniente para o público, onde, quando e como ele quiser. Vários estudos já mostram que esse consumo é complementar. A TV aberta sempre será uma fonte importante para consumo de conteúdos jornalísticos e esportivos, por exemplo. Se esses conteúdos forem mantidos e aprimorados, a TV aberta continuará com um espaço importante na preferência do consumidor”.
Na palma de mão, o consumo do app tem similaridade com o jeito da TV convencional, nas palavras de Bretas. Ele afirma que, por meio do Globo Play, o público consegue assistir ao conteúdo da Globo que foi inteiramente produzido e pós-produzido em 4K. Já estão disponíveis na plataforma as minisséries Ligações Perigosas e Dupla Identidade, por exemplo. “Programas como o The Voice Kids foram um sucesso na TV e também nas nossas plataformas digitais (GShow e Globo Play). O simulcasting é muito procurado em momentos como partidas de futebol ou em coberturas jornalísticas, como a da crise política”.
Do ponto de vista comercial, o Globo Play garante a captação de negócios além do alinhamento em tempo real com a grade comercial da Rede Globo. “Os programas exibidos com transmissão ao vivo no simulcasting espelham os intervalos comerciais da programação linear. Já a monetização do VOD ocorre com a venda de espaços publicitários, por meio de vídeos pre-roll e projetos de branded content. A nossa área comercial está desenvolvendo, ainda para este ano, modelos de targeting e diversos outros formatos baseados em audiência, o que vai fazer com que as marcas se integrem ao conteúdo de maneira muito efetiva na plataforma”, finaliza o executivo Eduardo Becker, diretor de comercialização de mídias digitais do grupo.