(Reprodução/G1)

A Globo confirmou que iniciou estudos para a venda da Som Livre, gravadora da empresa.

A empresa argumentou que, cada vez mais orientada ao modelo D2C (direct to consumer), tem feito uma revisão detalhada do valor estratégico de seus ativos, com foco nos negócios que mais atendem à sua estratégia principal.

“Isso não quer dizer, no entanto, que a música deixa de ter relevância em seu portfólio. Ao contrário”, rebate a empresa em comunicado ressaltando a presença e cobertura de grandes festivais como Rock in Rio e Lollapalooza, a música nos canais por assinatura, como o BIS e o Multishow, e em programas de sucesso, como a família The Voice (The Voice, The Voice Kids, The Voice +), TVZ, Música Boa ao Vivo, entre outros.

“A Som Livre é um negócio extremamente sólido e rentável. Há 10 anos, fez uma grande e bem sucedida mudança em seu modelo de negócios, migrando seus investimentos para a gestão de talentos, e transformou sua marca numa grande potência do seu segmento, com atuação em várias plataformas. A música continua muito importante no portfólio da Globo, mas acreditamos que é um bom momento para sairmos do negócio tradicional de gravadora e nos concentrarmos na estratégia D2C”, explica Jorge Nóbrega, presidente-executivo da Globo.  

Criada para a elaboração de trilhas sonoras das produções da Globo, a Som Livre revelou nomes como Djavan, Rita Lee e Novos Baianos. Hoje, a gravadora tem negócios diversificados em música, sendo, de acordo com dados próprios, “a maior empresa nacional produtora de conteúdo musical e a terceira maior gravadora em operação no Brasil, incluindo as multinacionais”.

“O Brasil é um mercado onde a música local representa quase 70% do consumo total. A Som Livre, com foco integral na música brasileira, cresceu por mais de 10 anos seguidos numa velocidade maior que a do mercado. Ter chegado à posição de terceira maior gravadora do Brasil apenas com conteúdo brasileiro nos enche de orgulho. No ranking publicado pelo Spotify dos oito maiores artistas da década passada, a Som Livre desenvolveu seis, é a melhor evidência do nosso conhecimento do nosso mercado e do nosso público. Essa é uma operação que foi construída pelo time mais talentoso com que já tive a oportunidade de trabalhar e está preparada para muitos outros anos de crescimento”, declara Marcelo Soares, diretor-geral da Som Livre.