As receitas consolidadas de publicidade, vendas e serviços do Grupo Globo (Editora Globo, Globosat, Sistema Globo de Rádio e Rede Globo de Televisão) no ano passado registraram um valor bruto de R$ 16,045 bilhões que, com a subtração das despesas operacionais, gerou um lucro líquido de R$ 3,066 bilhões, de acordo com o balanço que foi divulgado na semana passada. A área de televisão é a protagonista do documento, apesar da crise econômica, o que comprova que a comunicação tem um lugar estratégico nos orçamentos dos anunciantes. O executivo Willy Haas, vice-presidente da emissora e gestor da área comercial, explica que a Globo está em processo de renovação e inovação.

Alê Oliveira

“Este é um atributo do qual nos orgulhamos profundamente, que perseguimos constantemente, e é o que nos mantém na preferência do público. Quando fizemos o lançamento da atual marca, já dizíamos: “o mundo está em movimento, a vida está em movimento, a Globo está em movimento. Para acompanhar o mundo, a vida, e você”. Esta é a tônica de uma empresa atenta às evoluções da sociedade, aos movimentos do mercado, às oportunidades do presente e, principalmente, que está preparada para os desafios do futuro. É fato que, nesses últimos anos, o Brasil, os meios de comunicação e o nosso mercado experimentaram profundas transformações. Mas a essência do nosso negócio continua sendo a mesma: contar histórias relevantes para as pessoas. Começamos a veicular uma campanha no trade que traz a dimensão do alcance do nosso conteúdo: falamos com 97 milhões de pessoas todos os dias! É nossa obrigação fazer isso com qualidade, criatividade e inovação. E é por isso que nossas histórias estão ao alcance do público onde ele quiser, seja na TV aberta, no Globo Play ou nos nossos portais de conteúdo na internet (G1, GE e Gshow)”, afirmou Haas.

Diversificação é palavra-chave na emissora, o que, segundo Haas, tem exigido novos modelos de operação e gestão de todas as áreas, sobretudo pela exposição dos seus conteúdos além da TV aberta, como VOD (Vídeo On demand), internet e cinema. “No caso da área de negócios, o desafio é trabalhar de forma cada vez mais integrada o portfólio da Globo. Dos 30 programas de maior audiência, todos são da Globo. Cem por cento das novelas, realities, filmes, programas esportivos e de auditório são líderes absolutos de audiência.

O mesmo ocorre na web: G1, globoesporte.com e Gshow têm mais de 40% de participação no mercado em suas categorias. E o que temos visto é que as marcas têm aproveitado essa sinergia entre nossos canais para ampliar a sua conexão com os consumidores, se desenvolvendo cada vez mais no engajamento com o conteúdo, complementando a sua estratégia de frequência. Esta sinergia tem sido altamente eficiente tanto para nós quanto para os anunciantes, que obtêm resultados expressivos para as suas estratégias de comunicação”, diz Haas, que acrescenta: “A comunicação reforça os atributos da nossa marca, a forma como nos apresentamos, como nos conectamos com as pessoas, a nossa conversa com o público e com o mercado. Criamos histórias para a vida das pessoas, provemos emoção, cultura, informação. Contribuímos para a discussão de temas relevantes na agenda pública do país. Tudo isso, de certa forma, é parte integrante da nossa essência. E a comunicação é a manifestação desta marca”.

A informalidade ganhou força na emissora, mas Haas enfatiza que “só faz sentido se ela contribuir para a conexão com as pessoas”. Ele prossegue: “Na medida em que a sociedade está evoluindo, é natural que nossos telejornais estejam mais próximos do público. Isso se dá não só na tela da TV, como também nas redes sociais. Temos mais de sete milhões de seguidores nos perfis sociais do Jornal Nacional. Pessoas que interagem com o nosso conteúdo todos os dias, compartilhando e comentando as nossas matérias. Com as mudanças que fizemos recentemente, nossos apresentadores ganharam mais mobilidade, mais recursos para interagir com a notícia e com o público. O mercado aposta nos nossos intervalos comerciais, nas oportunidades de patrocínio que oferecemos. Não podia ser diferente! No Fantástico, por exemplo, a média de audiência deste ano no PNT (Painel Nacional de Televisão) cresceu 5% em relação a 2015 e 11% em relação a 2014”.

A grade comercial da Rede Globo exibe 17 milhões de comerciais desenvolvidos por seis mil agências e aprovados por 30 mil anunciantes. Haas enfatiza que há “oportunidades diferenciadas e complementares”, tanto no ambiente on como no offline, com o propósito de conectar consumidores. As receitas também contemplam live marketing.

“O maior diferencial das marcas de nossos produtos é o potencial que elas têm de gerar conexão com as pessoas, o que vai ao encontro da essência do live marketing. Temos sido um provocador de ideias neste mercado, mostrando para as agências de promoções o potencial de engajamento que nossas marcas podem oferecer para esta conexão com os consumidores. Acho que quanto mais próximas estiverem as agências de propaganda e promo, maiores serão as possibilidades de criação e inovação, entregando uma estratégia de comunicação 360º, que vai desde o break até os pontos de vendas. É preciso oferecer uma experiência mais ampla, abarcando todos os pontos de contato em uma única estratégia de comunicação. E aqui temos inúmeras possibilidades! Temos um time dedicado a criar, junto às agências, uma oferta ampla e inovadora para os clientes”.

A interatividade, como destaca Haas, aproxima a Globo dos pontos de contato. “A construção e a manutenção de marcas fortes continuará a ser fundamental, e a TV aberta seguirá sendo o porto seguro onde os anunciantes encontrarão eficiência e rentabilidade. O intervalo comercial e o formato de 30 segundos continuarão a ser protagonistas nas estratégias de comunicação dos clientes”, finaliza.