A Rede Globo de Televisão conseguiu negociar com a UEFA (Union of European Football Associations) a não exibição da marca de cerveja Heineken nas transmissões locais da Champions League em 2009 e também em 2010, anos que envolvem o contrato assinado na semana passada com os organizadores da competição. A cerveja de origem holandesa e que no Brasil integra o portfólio da Femsa (Kaiser e Sol) é uma das principais patrocinadoras do campeonato pan-europeu. Comerciais da sua linha de produtos abrem e encerram as transmissões no continente europeu e também em outros mercados.

A Globo não terá a obrigatoriedade e com essa decisão evita conflito com a AmBev, fabricante das cervejas Skol, Brahma e Antarctica, cliente do futebol global ao lado da Fiat, HSBC, Ipiranga, Telefônica e Vivo. Cada cota custou aos anunciantes R$ 121 milhões, além do cartão Visa que fechou o Top de 5”, num total de R$ 605 milhões. As transmissões da Champions League serão às quartas-feiras e a Rede Globo vai escolher os jogos dos clubes com maior apelo de audiência como o Milan, Manchester United, Barcelona e Inter de Milão, por exemplo. A emissora é obrigada pelo contrato a exibir na sua grade as semifinais e finais do campeonato. A Globo vai repassar à Band a transmissão de algumas partidas da Champions League. 

O plano de negócios da Globo ainda não está fechado, mas a comercialização deverá ser separada do Futebol 2009 pacote que inclui  os campeonatos Brasileirão (séries A e B), Paulista, Copa do Brasil, Libertadores da América, Copa Sul-Americana e Taça São Paulo de Futebol Júnior.

O diretor executivo da Globo Esportes, o executivo Marcelo Campos Pinto, disse ao jornalista Erich Betting (http://maquinadoesporte.uol.com.br/v2/noticias.asp?id=12525) do UOL: “Havia um problema em relação à Heineken e, por isso, não tínhamos o interesse em exibir o torneio. Mas agora essa questão foi resolvida e decidimos transmitir a Liga dos Campeões, que também será repassada à Band”.

A compra da competição da UEFA pela Rede Globo foi duro golpe para a Record, que detinha os direitos de transmissão desse conteúdo no mercado brasileiro.

Paulo Macedo