Em meio ao forte furacão, com absurdos políticos e escândalos de corrupção que transfiguram Brasília, a capital do país contou com um fato que remete a desenvolvimento de negócios na área de mídia. No último dia 9, foi feito o lançamento ao mercado publicitário de uma filial própria da Globosat.
O escritório, que conta incialmente com oito profissionais, sob a direção de André Yuhara, está na verdade em funcionamento desde o início de janeiro. Mas, devido à época de férias e aos dias de Carnaval, que interferem na dinâmica mercadológica, a Globosat optou por fazer na semana passada a apresentação da nova estrutura a representantes de agências e anunciantes.
Ela vai cuidar de negócios específicos para o mercado brasiliense e servir de suporte aos representantes comerciais de Manaus e de outras cidades da região Norte; e aos representantes de Goiânia e de outros mercados do Centro-Oeste.
A filial de Brasília fica sob a supervisão do executivo Eduardo Salvador, diretor de publicidade regional da Globosat, que trabalha no Rio de Janeiro e também coordena negócios com representantes de todas as outras regiões do Brasil, exceto São Paulo, que está sob direção de Herbert Zeizer. Os dois, Zeizer e Salvador, se reportam ao diretor-executivo comercial Fred Muller.
De acordo com Eduardo Salvador, a decisão de estruturar uma filial em Brasília surgiu há cerca de três anos, com o objetivo de otimizar os negócios locais. O Distrito Federal responde pelo terceiro maior volume de transações publicitárias da Globosat – atrás de São Paulo e Rio – e tem, segundo Salvador, características muito próprias: “o modelo é sustentável, pois as contas se mantêm lá. É muito diferente de um mercado como o de Porto Alegre, com muitas migrações de contas publicitárias. Também não é um mercado que pode ser abalado por uma grande negociação de uma rede de supermercados, por exemplo, que repentinamente pode eliminar anunciantes locais”.
Além das diversas “contas públicas”, de acordo com Salvador, a estrutura da Secom (Secretaria de Comunicação Social do Governo Ferderal), em Brasília, também impacta negócios de grandes anunciantes como Petrobras e BNDES, que têm as suas áreas de marketing no Rio.
Sobre o potencial de negócios regionais, a partir da nova filial, Salvador aponta os segmentos de shopping centers, ensino, varejo (revenda de carros), redes de farmácias e prefeituras.