A Gol Linhas Aéreas criou o projeto “Aproximando Distâncias” para, mesmo com o distanciamento social provocado pela pandemia, ajudar as comunidades que dependem do turismo para se manterem ativas.
O portal não tem fins lucrativos para a empresa. A plataforma tem conteúdo e uma loja virtual dedicados para promoção do turismo, da arte e cultura brasileira.
Pelo portal, 25 artistas, escolhidos com curadoria da Gol e da agência Spray Content, irão expor sua arte e oferecer o que o público só poderia ter acesso viajando pelas diferentes regiões.
Entre os produtos estão obras de arte regionais e alimentos típicos, grafite, cestaria, vasos, bijuterias, panelas de barro, bonecas de pano, conserva de pimenta e bala de banana, entre outros.
Alguns itens serão entregues porta a porta e outros vendidos por meio de vouchers que podem ser usados em até um ano.
Eduardo Bernardes, vice-presidente de vendas e marketing da Gol, comenta a iniciativa. “O Aproximando Distâncias traz um pouco desse nosso país rico em beleza e cultura para dentro das casas das pessoas, enquanto a economia e as viagens a lazer não voltam à normalidade. Ao mesmo tempo, a iniciativa fornece apoio à sustentabilidade de comunidades criativas, que por vezes se veem isoladas e desesperançosas perante a crise”, afirma.
Além do e-commerce, a plataforma tem vídeo-aulas ensinando as técnicas por trás de cada produto, e ainda contam a história de seus criadores.
Entre os artistas selecionados, há no Amazonas, a artesã e pedagoga Clarice Duhigó, da tribo Tukano, um dos povos do Alto Rio Negro. Ela coordena 60 mulheres indígenas que trabalham com tapeçarias, cestarias, bijuterias e objetos decorativos confeccionados com fibra de tucum.
Em Goiás, o Coletivo Mulheres Coralinas, é inspirado na poetisa Cora Coralina empodera mulheres vítimas de violência, que geram seu sustento com artesanato. São livros de receitas, bonecas de pano, colares e flores do Cerrado para decoração.
No Pará, o artista Heitor Sebastian é homem trans e tinha experiência com desenho e tattoo quando conheceu sua namorada, cuja família atua com cerâmica há 40 anos. Hoje, eles criam cerâmicas marajoara com influências de outros desenhos e de tatuagens.
Do Mato Grosso, Alcides Santos comercializa violas de cocho, um dos símbolos cuiabanos e objeto passado por gerações em sua família. Na Liberdade, a maior colônia japonesa do mundo fora do Japão, em São Paulo, Silvia Maeda, da Yaki Manju, disponibiliza o doce japonês iamagawayaki.
Do Rio de Janeiro, Caldo da Nega oferece suas conservas de pimenta, e no Distrito Federal, o Juão de Fibras faz vasos, cestos e colares trançados com capim.