A Black Friday, que ocorre em 29 de novembro neste ano, trará algumas características inéditas no que tange ao consumo de produtos e serviços. O Google divulgou nesta terça-fera, 8, dados inéditos de uma pesquisa sobre comportamento do brasileiro na data, com realização da Provokers e participação de 1,5 mil entrevistados de todas as regiões do país.
A primeira grande constatação é que a data promete ser maior e mais abrangente em 2019. A Black Friday, definitivamente, já é vista como oportunidade de compra de diversos tipos de produtos – incluindo categorias que há até bem pouco tempo estavam fora do mapa na data.
A Black Friday, diz o estudo do Google e Provokers, ,é conhecida por 99% das pessoas ea intenção de compra para este ano aumentou 58% na comparação com o ano passado.
Além da grande perspectiva de vendas, o estudo indica uma sofisticação na forma como o consumidor se prepara para a data. Já são 69% os que já sabem em que categorias pretendem fazer as compras e o gasto médio é de R$ 1.330. Também há 76% de entrevistados que entendem que a Black Friday já não se trata apenas de uma data de compra, mas inclui os dias anteriores, o final de semana seguinte e o mês de novembro como um todo.
Outra característica que tem se tornado comum é o sortimento nas categorias de produtos. Se antes, em 2018, as pessoas queriam fazer compras em apenas 3,9 setores, em 2019, serão 6,5 categorias. Assim, a intenção de compra cresce de forma agressiva em segmentos como automotivo (300% a mais na comparação com o ano passado), planos de celular (250%), bebidas não alcoolicas (200%), serviços financeiros (200%), imóveis (200%), aimentos (150%) e cursos (133%).
O estudo indica que 71% dos entrevistados fizeram ao menos uma compra na Black Friday 2018 em lojas diferentes das que costumam comprar, sendo que, em 2019, o número de i intenção de compra desse tipo saltou para 84%, sendo que apenas 33% deles compraram em algum varejista desconhecido. A grande mensagem do Google é que o varejista tem a oportunidade de trabalhar a construção de sua marca antes do início da temporada.
Um extrato da pesquisa já havia sido divulgado em setembro, mostrando outros comportamentos, como o omnichannel. Os compradores multicanais devem representar 25% do total em 2019, contra 7% no ano passado. E outros 37% irão às compras nas lojas físicas, e 38% na internet. Outro fenômeno é do sucesso da estratégia da retirada do produto em loja, algo considerado por 39% das pessoas, e 24% que esperam usar essa forma de entrega para as compras online – algumas das razões passam pelo prazo de entrega.
Por fim, a pesquisa havia identificado que as condições de pagamento e os cupons se tornam mais relevantes, já que 54% dos fatores de escolha na hora da compra estão ligados à confiança e nível de serviço, e não ao preço.
Em resumo: a Black Friday deixou de ser um período para as marcas e varejistas venderem mais para se tornar oportunidade de construção de marca para o longo prazo. “No começo, a Black Friday era período para muitos testes. Ano passado, já vimos muitas ferramentas e a performance automatizadas, e equipes de clientes e agências mais focados na estratégia e experiencia da entrega”, relembra Gleidys Salvanha, diretora de negócios de varejo do Google Brasil. “Assim, passamos de um período de se entender a Black Friday, chegamos à automação de processos e, em 2019, é a consolidação do evento. Os anunciantes podem ter um próximo nível de discussão com o consumidor e entrega holística, com menos fricção e sendo mais preditivo na demanda”, avalia.