O Google figura pela segunda vez como a marca com melhor percepção entre as maiores empresas do mundo, seguido por Apple e Microsoft. Foi o que apontou o FutureBrand Index 2015. O índice é uma análise anual conduzida pela FutureBrand de como as 100 maiores empresas do mundo, de acordo com o ranking da PwC, são percebidas à luz dos critérios que definem o que é uma marca do futuro.

Em média, quase metade (48%) dos três mil entrevistados no mundo concordam que o Google tem os 18 atributos da análise. Suas notas são altas principalmente em consistência (51%), satisfação (54%), autenticidade (50%), inovação (54%) e indispensabilidade (50%), atributos nos quais supera a Apple. Apesar disso, se comparado a 2014, o Google perde terreno no que diz respeito ao senso de propósito, diminuindo de 60% para 51% em 2015.

A Apple, que figura em segundo lugar no índice com uma percepção média de 45% (48% em 2014), tem notas melhores que o Google em atributos como liderança de pensamento (52%), individualidade (54%) e confiança (51%). A marca perdeu principalmente no atributo de indispensabilidade (50% em 2014 para 36% em 2015). A Microsoft, que caiu do segundo para o terceiro lugar, tem uma média de percepção de 43% (caindo de 48% em 2014).

De acordo com Daniel Alencar, diretor de estratégia da FutureBrand São Paulo, a maior surpresa do estudo é que as três primeiras colocadas são marcas de tecnologia. “Elas estão assumindo um papel de inovação”, diz. Outro ponto que Alencar destaca é o poder que elas exercem sobre a vida das pessoas. “Elas conseguem alavancar o potenciar humano, elas trazem facilidades para as pessoas, para desempenhar tarefas de uma forma mais prática”, afirma.

As 100 maiores empresas do mundo do ranking da PwC apresentaram um crescimento de 8% em valor de mercado chegando ao total de US$16,245 trilhões, mas os esforços dessas empresas para trazerem retorno para seus investidores não contribuíram para melhorar suas percepções junto a outros públicos. No geral, a percepção das 100 maiores empresas do mundo não é estatisticamente mais positiva do que em 2014, com as notas médias ficando em torno de 25%.

FUTURO
Menos empresas (21 em 2015 contra 22 em 2014) alcançaram o status de “Marca do Futuro” – marcas que equilibram o que as pessoas querem hoje com o que elas desejam para o futuro. A pesquisa revelou que as pessoas mostram um desejo maior em trabalhar ou comprar produtos e serviços das empresas classificadas como Marcas do Futuro – fatores que denotam uma força de longo prazo.

Por exemplo, metade dos que foram entrevistados disseram que gostariam de trabalhar para a Apple, contra a média de 25% de todas as empresas. 51% disseram que comprariam produtos e serviços da Microsoft, contra uma média de 32%.

As empresas de saúde foram as que mais se destacaram neste ano, com um crescimento de 4% em percepção, fazendo desse setor o segundo melhor percebido entre todos (com uma média de 29%). O setor foi o que mais cresceu entre as marcas do futuro.

Em 2015 ocuparam cinco posições entre as 21, em 2014 foram apenas duas entre 22. O setor de tecnologia continua sendo o líder, mas não melhorou em termos de percepção, mantendo a média de 33%. Ao mesmo tempo, o setor financeiro e o de combustíveis foram os que pior performaram, com médias de 19% e 22%, respectivamente.