O Google anunciou recentemente que está oferecendo mais de US$ 6,5 milhões em recursos para organizações de checagem de fatos e entidades sem fins lucrativos de todo o mundo, que trabalham no combate às informações falsas e enganosas sobre o coronavírus.
A gigante da tecnologia também revelou uma série de iniciativas focadas no combate à desinformação. O Google News Initiative está aumentando o apoio que já oferecia ao First Draft – organização sem fins lucrativos que oferece recursos pela internet, treinamentos sobre o assunto e simulações de crise, voltados a jornalistas de todo o planeta. A empresa também reiterou o apoio à rede CrossCheck do First Draft, que auxilia diversas redações a reagir de forma rápida e a lidar com a enxurrada de conteúdo capaz de causar confusões e problemas.
Alguns projetos são específicos para a América Latina. Um deles é a renovação do apoio oferecido ao brasileiro Comprova, um grupo colaborativo de checagem de fatos que reúne 24 veículos de comunicação. Em sua terceira edição, a coalizão agora amplia o escopo do trabalho para combater a desinformação na área de saúde e os boatos relacionados à covid-19. O Comprova também treina jornalistas para realizar verificação de fatos e outras técnicas, fomentar a alfabetização digital e promover conscientização sobre a importância do jornalismo profissional em tempos de crise – além de identificar e analisar o fenômeno das informações falsas e enganosas.
A Google vai apoiar também a iniciativa LatamChequea, coordenada pela Chequeado – entidade que oferece um lugar centralizado de destaque ao trabalho de 21 organizações de checagem de fatos, em 15 países de língua espanhola e da América Latina. O grupo é formado pelas seguintes entidades: Agência Lupa, do Brasil; Bolivia Verifica, da Bolívia; La Silla Vacía e ColombiaCheck, da Colômbia; La Nación e La Voz de Guanacaste, da Costa Rica; Periodismo de Barrio e El Toque, de Cuba; Ecuador Chequea e GK, do Equador; Maldita, da Espanha; Agencia Ocote, da Guatemala; Animal Político e Verificado, do México; El Surtidor, do Paraguai; Ojo Público e Convoca, do Peru; PoletikaRD, da República Dominicana; UyCheck, do Uruguai; e Efecto Cocuyo, da Venezuela; e Salud con Lupa, para toda região.
Em outras frentes, a empresa trabalha com a PolitiFact e a Kaiser Health News, que ampliaram sua colaboração para verificar informações sobre saúde e reforçaram o trabalho de combate à desinformação relacionada ao coronavirus. Já a Full Fact e a Maldita.es estão coordenando esforços nos países europeus com maior número de casos (Itália, Espanha, Alemanha, França e Reino Unido), destacando fontes especializadas, compartilhando conhecimentos sobre tendências em todo o continente e reduzindo a disseminação de informações falsas e prejudiciais. A alemã Correctiv faz parte desse projeto, e vai centrar esforços no envolvimento dos cidadãos no combate à desinformação.
O Google apoia ainda a criação de uma base de dados para jornalistas que cobrem a pandemia, desenvolvida pela organização jornalística sem fins lucrativos Meedan em parceria com especialistas em saúde pública.
“Além do trabalho de combate à desinformação, estamos atuando com veículos da América Latina na distribuição de seus conteúdos dentro dos produtos Google. Lançamos uma experiência sobre COVID-19 no Google News (Android, iOS e web), que destaca as notícias mais recentes sobre o vírus vindas de fontes confiáveis, e as notícias sobre os impactos da pandemia no mundo”, diz a empresa em comunicado.