João Doria anunciou nesta quarta (12) que recomendação é que capacidade máxima de eventos seja de 70%

Em coletiva realizada no começo da tarde desta quarta-feira (12), o governador João Doria confirmou o que já havia dito ontem: o retorno de medidas restritivas para conter o avanço da variante ômicron, da Covid-19, no estado de São Paulo.

A recomendação do Governo de SP para as prefeituras é que os eventos tenham redução de 30% na capacidade máxima do público; no entanto, a decisão final – sobretudo em relação ao Carnaval – ficará a cargo de cada município.

Já em relação ao futebol, por exemplo, o que existe é uma determinação. Ou seja, a partir da primeira rodada do Campeonato Paulista, marcada para o próximo dia 23, os estádios só poderão receber 70% da capacidade total.

Além disso – tanto para eventos quanto para partidas de futebol – as autoridades reforçaram a necessidade do uso de álcool gel, o esquema de vacinação completa, e a obrigatoriedade da máscara, pelo menos, até 31 de março.

Decisão sobre as festas de Carnaval ficará a cargo de cada prefeitura (Chad Kirchoff Unsplash)

O anúncio acontece em um momento em que o total de internados em enfermarias paulistas passou de 1.712 em 29 de janeiro para 3.413 nesta terça-feira (11), o equivalente a um aumento de 99%. Em relação aos pacientes internados em UTIs, o número subiu 58% no mesmo período.

Alexis Pagliarini, presidente-executivo da Ampro (Associação de Marketing Promocional), não vê um impacto ‘tão significativo’ no mercado. “A limitação de 70% da capacidade de um local viabiliza a maior parte dos eventos, sem maiores problemas. Raramente temos um evento que demanda a ocupação máxima de um espaço. Sendo assim, a recomendação não impedirá a efetivação da maior parte dos eventos”, disse.

Diretor da Live Marketing Consultoria e um dos idealizadores da Expo Retomada, Paulo Octávio Pereira de Almeida enfatizou que é preciso diferenciar eventos B2B e B2C. “Continua havendo confusão entre eventos e aglomeração”, afirmou PO. “Para feiras e congressos, por exemplo, existe o controle de público, do uso de máscara, de álcool gel”, completou.

Ainda de acordo com o executivo, para o mercado de congressos e feiras, ‘não existe 2022 sem protocolo’, pois já ‘fazem parte da estrutura dos custos de todas as organizações’.

PO: 'existem outras fontes de aglomeração que não estão sendo cerceadas' (Divulgação)

“O plano segue sendo a vacinação ampla e o respeito aos protocolos, esse continua sendo o caminho para recuperar a confiança das pessoas na movimentação face to face”, disse. “Existem outras fontes de aglomeração que não estão sendo cerceadas em seus princípios básicos”, finalizou.

SEM CARNAVAL DE RUA
No último dia (6), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, já havia anunciado o cancelamento o Carnaval de rua deste ano na capital. Trinta e seis dos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo também desistiram da festa em 2022.

Além de São Paulo, outras cidades também já havia cancelado a festa, como Rio de Janeiro, Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Teresina (PI), Belém (PA), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e Salvador (BA), Olinda (PE), entre outras.