Os júris do Cannes Lions costumam trazer discussões acaloradas para discutir os prêmios, Mas na competição Digital Craft o tom ficou mais elevado. O pomo da discórdia envolveu cinco campanhas, principalmente a que levou o GP, “Adress the future”, da agência dinamarquesa Virtue para seu cliente Carlings, e “Never ask”, da parisiense Wizz e Wieden + Kennedy para a Nike.

As demais ações envolvidas na definição do Grand Prix foram os ouros “My life as a NPC”, da DDB Paris para a Ubiosft; “Storysign”, da FCB/Inferno para a Huawey; e “Westworld the maze”, da 360I/New York para a HBO.

O trabalho da Virtue para a Carlings foi apontado pela Leo Burnett no seu preview de candidatos a GP no Cannes Lions 2019. A ideia envolve sustentabilidade e consciência ambiental.

“Muitos discordaram da escolha da coleção de roupas digitais. E chegou uma hora que o presidente do júri, Rei Inamoto, teve que intervir, porque o empate prevalecia. A discussão foi bem tensa. Eu mesmo foi um dos que não concordou com a decisão. Mas reconheço que há qualidade. O cliente manda uma foto para o site e a partir daí ele é vestido. São roupas virtuais e que não são vendidas. Depois ele viraliza a foto nas suas redes sociais. É uma ação de PR que tem uma boa ideia, mas que mereceu debate”, explicou o jurado brasileiro Fred Siqueira, sócio e CCO da Ampfy.

O Brasil conquistou um Leão de bronze com o case “Trending botics” para o Congresso em foco.