Alexis Thuller Pagliarini, superintendente da Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) é figura conhecidíssima do mercado de comunicação, afinal são quase três décadas dedicadas às estratégias de negócios no segmento, seja em agências, instituições ou empresas como Coca-Cola, Honda, DPZ, Loducca, Amcham, WTC, MPI (Meeting Professionals International), CMO Council, Cenp e Aba, mas talvez nem todos saibam que é também das quadras de tênis que ele tira exemplos para alcançar metas e atingir resultados na vida profissional. Inclusive já conquistou cliente pós jogo, à época em que ainda era de agência.

 

Há sinergia. O tênis, por exemplo, não é lá muito fácil de entender a princípio, tem a uma contagem esquisita de 15 para 30 e 40, tie-breaks, top spins e smashs. Na publicidade são os briefings, brainstorms, budgets e targets, focus groups que complicam para quem não é do meio. Segundo Alexis, em ambos os casos, o que mais importa é a concentração para desenhar uma estratégia, pode-se afirmar que é mais transpiração que inspiração. “Exige atenção, estressado ou dispersado não dá. Precisa ter foco, uma estratégia bem definida para o momento de dar a tacada final. Requer concentração. São aspectos similares ao bom profissional da nossa área”, diz.

 

Alexis aprendeu a jogar tênis ainda na infância com o professor Bauru, em Jaboticabal, interior de São Paulo, sua cidade natal. Tinha 12 anos de idade e pai entusiasta de esporte, em geral. “Foi influência dele. Tanto que ele não gosta de futebol e eu não sei jogar, só fico no gol”, conta Alexis, que, ao contrário do pai, curte sim uma partida de futebol. Apesar da pouca habilidade dentro de campo, fora dele é corintiano.

Aos 14 anos, abandonou o tênis para jogar basquete, que lhe parecia mais divertido. Podia jogar no time da escola e viajar com a galera, chegou a ser vice-campeão paulista no colegial. Retornou às quadras de tênis aos 18 anos, quando entrou para a faculdade. De lá para cá, não parou mais, além de jogar acompanha os principais torneios, já foi conferir de perto Roland Garros (Paris), Wimbledon (Londres) e Shanghai (China). “Ainda não fui ao US Open (EUA), mas está nos planos. Quem sabe no ano que vem. Meu sonho é tirar um ano sabático para acompanhar todos os torneios de tênis mundo afora”, diz o executivo, que é fã de Roger Federer, tenista suíço recordista do número de vitórias em torneios do Grand Slam e considerado um dos mais completos da modalidade. “Meu nome do meio, Thuller, é suíço”, brinca, insinuando semelhança com o atleta, quando perguntado sobre seu desempenho em quadra.

 

Alexis é bom no ace, segundo ele mesmo. É o saque que, bem colocado ou batido com muita eficácia, não dá chance ao adversário de pegar a bola na tentativa de resposta. Joga em média três vezes por semana, mais aos fins de semana. “Teve uma época em que jogava todos os dias na hora do almoço com o Chester (criativo da AlmapBBDO)”. Na família apenas o irmão pratica o esporte. Até já disputou um torneio nos Estados Unidos. “Agora ele mora lá, mas quando estava aqui, jogávamos juntos”. Alexis já participou de diversos torneios recreativos e já foi vice-campeão dos Jogos Publicitários.

 

A pratica lhe rende alegrias, mas também lhe custa algumas dores. “Às segundas-feiras, mal consigo colocar o pé no chão, tenho dor crônica no calcanhar”. Além disso, já sofreu algumas lesões como “Tennis Elbow” – também conhecido como “cotovelo de tenista”, que chega a levar até dois meses para uma melhora completa da dor – e estourou o joelho.