Mais uma investida do governo argentino de Cristina Kirchner sobre o Grupo Clarín. Maior opositor do governo federal e considerado um dos mais importantes grupos de comunicação da Argentina, o Clarín está com segurança reforçada por temer uma possível intervenção estatal. A ação estaria sendo preparada pela Comissão Nacional de Valores (CNV).

 

Até agora o grupo não recebeu uma ameaça formal, apenas fortes rumores que começaram na semana passada após a veiculação de reportagem no canal 13, do Grupo Clarin, fazendo denúncias de lavagem de dinheiro por parte do governo. O programa alcançou grande audiência e teve eco em toda imprensa independente na Argentina. A partir destas denúncias começaram as ameaças.

Desde a nacionalização dos fundos de pensão, o governo tem 9% das ações do grupo Clarín, e, graças a uma lei aprovada no ano passado, pode pedir intervenção na empresa como sócio minoritário. Até o momento ainda não houve nada concreto, mas a decisão final depende da presidente do país, Cristina Kirchner.