Em um evento dominado por temas como empatia e a busca da humanidade perdida caiu como uma luva a defesa que a atriz e CEO do Goop, Gwyneth Paltrow, fez de líderes vulneráveis – como ela própria, que assume não dominar todos os assuntos e recorrer permanentemente à ajuda e conselhos de pessoas bem-sucedidas e inspiradoras como Richard Lovett, presidente da Creative Artists Agency, em Los Angeles, ou Brian Chesky, CEO do Airbnb. Em seu próprio ritmo, muito particular, ela construiu uma empresa que hoje vale US$ 250 milhões e tem cerca de 250 funcionários.
Goop é uma marca de lifestyle e bem estar voltado para as mulheres que cresceu muito nos últimos anos, ganhando uma linha de cosméticos própria chamada Goop Skincare, entre outros negócios ao seu redor como uma “docusérie” no Netflix. Embora inicialmente não fosse um projeto pensado para dar dinheiro, cresceu organicamente e há cerca de 8 anos Gwyneth decidiu assumir como CEO.
No bate-papo no SXSW com a jornalista da CNN, Poppy Harlow, a empresária, que tem 46 anos, contou as dificuldades naturais de quem não se preparou para o mundo dos negócios – mas começou um projeto intuitivamente orientado para o consumidor e inspirado em suas próprias aspirações e desejos. Gwyneth deu pistas da empresária que se tornou, assumindo suas vulnerabilidades, sendo autêntica e transparente, e pregando valores mais humanos que instituiu, por exemplo, férias ilimitadas. E alguns breaks coletivos, como duas semanas durante o mês de agosto.
“Nunca ninguém abusou das férias”, contou.
Ela costuma dizer que a cultura de uma empresa é seu melhor plano de negócios. Recentemente, deixou de investir no Facebook por princípio e também devido às mudanças no algoritmo da empresa. Gwyneth diz que não descarta a possibilidade de vender o negócio, e conta que está de olho em entrar em novos mercados como Austrália e novos segmentos, como o de Cannabis e quem sabe criar uma versão masculina do Goop, hoje focado no público feminino.
Cobertura patrocinada por BETC/HAVAS