Na semana passada, mais precisamente no dia em que a cidade de São Paulo completou 458 anos (25), a Mix Brand Experience, agência de marketing promocional de Paulo Giovanni, Celio Ashcar Junior, Felipe Almeida e Marco Scabia; e a Urban Jungle Art, empresa de Kalina Bourgeois e Renata Rocco, que nasceu do selo independente Urban Jungle Records com o intuito de criar projetos culturais, lançaram o “Luz e movimento com arte e moda brasileiras”, tema da grandiosa projeção que foi exibida no Masp (Museu de Arte de São Paulo) entre os dias 25 e 27 (sempre às 20h), justamente em comemoração ao aniversário da cidade.
A proposta foi de apresentar a história da moda no Brasil de uma forma impactante e inusitada – e democrática, por se tratar de uma exposição ao ar livre, por meio da técnica de projeção, mostrando também a trajetória da cultura brasileira e a sua contribuição para a construção de uma identidade nacional, já que 2012 também marca os 90 anos da Semana de Arte Moderna, em que participaram nomes como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral, entre outros.
Com direção geral de Marco Scabia e Kalina Bourgeois, além da curadoria do professor, pesquisador e escritor João Braga, o projeto recebeu patrocínios do Ministério da Cultura e da Havaianas – mais um marco comemorativo, pois esse foi o primeiro evento das sandálias da Alpargatas no ano em que completa 50 anos de sua criação.
Segundo Scabia, já existia um namoro entre a Mix e a Urban para a realização de uma projeção mapeada no Masp, que o publicitário define como “o ícone da arte e da cultura no Brasil”. “Juntou-se essa vontade com uma conversa que a Kalina teve com o João Braga, e daí surgiu a ideia de mostrar, década a década, a partir de 1922, o que acontecia na arte e na moda em cada período, com homenagens aos 90 anos da Semana de 22, aos 458 de São Paulo e ao cinquentenário de Havaianas, nossa grande parceira no evento”, explica.
No primeiro dia da projeção, o evento contou com, além das imagens grandiosas expostas na parede do Masp, um “ping pong” entre Braga e a cantora Mariana Aydar. “O Braga descrevia as décadas pelos âmbitos político, artístico, musical e da moda, enquanto a Mariana transformava isso em música, interpretando de Pixinguinha a Luiz Gonzaga, passando por canções dela mesmo, a fim de simbolizar o ano de 2012. E após tudo isso começaram as projeções, com a arquitetura do Masp fazendo parte desse conteúdo”, conta Scabia.
Em relação à Havaianas, o executivo diz que desde a entrada da marca como apoiadora do projeto, ela se envolveu completamente na concepção. “Não exatamente na criação, que ficou a cargo da Mix e da Urban. Mas sim do formato e de como colocá-lo em prática. E é sempre importante que o cliente tenha voz ativa, pois são graças a eles que iniciativas como essas são possíveis”, diz, falando do retorno institucional da marca. “A Havaianas abraçou o evento, como já fez em tantos outros de caráter cultural. E fez isso como marca, não ligando a um produto ou promoção, até porque não vem ao caso em um projeto como o ‘Luz e movimento com arte e moda brasileiras’. É uma marca supermoderna, atual mesmo aos 50 anos, que se reinventou e hoje tem ligação direta com a moda e com o país, já que é exportada para vários países e mostra o que o Brasil tem de melhor em tendência”.