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O segmento de saúde e bem- -estar – empacotado globalmente sob o guarda-chuva de healthcare – é, sem sombra de dúvidas, a menina dos olhos para os grandes grupos de comunicação do mundo e, possivelmente, um oásis de prosperidade na indústria como um todo. O forte crescimento do segmento como anunciante e as novas oportunidades de negócios que ele oferece levaram a FCB Health Network a criar a sua primeira operação na América Latina, precisamente em São Paulo.

Premiada como a “Healthcare Network of the Year”, a rede lança a FCB Health Brasil nesta segunda-feira (27) e convidou uma dupla experiente no ramo para tocar o negócio como managing directors e executive creative directors (ECD): Mauro Arruda e Diego Freitas, que estavam na Havas Life São Paulo. Arruda entrou no Grupo Havas em 2008, para cofundar o hub Latam, sediado no Brasil, e atuou como CCO e CEO; e Freitas passou pelos cargos de vice-presidente executivo e diretor-executivo de criação.

Health abrange desde o gigantesco segmento de pharma – medicamentos de grandes laboratórios, que no Brasil não podem ser anunciados na mídia, mas inclui eventos e ações de relacionamento principalmente com médicos – e os medicamentos de venda livre, conhecidos como OTC (over the counter), a toda uma gama de produtos voltados para beleza e bem-estar, como cosméticos e protetores solares.

Arruda fala que o healthcare é “a bola da vez” e, talvez, seja o território mais interessante da comunicação na atualidade. “Há algum tempo todas as marcas – não só as da área de saúde – perceberam que têm de fazer diferença na vida das pessoas, de alguma forma, ter algum tipo de influência positiva. É no território de saúde e bem estar onde as marcas podem realmente se tornar relevantes”, afirma.

No Brasil, o setor anda na contramão da crise, cuja indústria farmacêutica cresce a ritmo de dois dígitos. O varejo de farmácias é muito forte e o setor é praticamente blindado para crises. E com potencial de crescimento, especialmente a partir de fenômenos como o envelhecimento crescente da população – desafio para os sistemas de saúde público e privado e oportunidade para as empresas que nele atuam. “O Brasil é mercado-chave para a quase totalidade das marcas globais de saúde e bem-estar. Já somos o sétimo mercado global de healthcare”, afirma Aurélio Lopes, CEO da FCB Brasil e Chairman Latin America.

Grupo
A FCB Health Network emprega mais de 1.700 colaboradores em uma extensa rede global, que tem 50% da sua operação baseada em NY. Fazem parte do grupo as empresas FCB Health New York, Area 23, Neon, FCBCure, FCB Halesway, FC Health Toronto, ICC, ProHealth, Hudson Global, Trio, Mosaic Group, FCBVIO, BX – the Branding Experience Group, Studio Rx agora e a FCB Health Brasil. A Area 23 é a mais premiada, e considerada a mais criativa delas. A intenção é prospectar e crescer. Arruda e Freitas não anunciaram clientes, mas afirmam que a rede já atende globalmente a 19 das 20 empresas mais relevantes do segmento, como J&J, Bayer, Allergan, Lilly, Merck, Pfizer, Roche e Sanofi, entre outros. Dentro dessas empresas, lançamentos feitos na América Latina daqui para frente certamente virão para o portfólio da agência no Brasil, que conta com os serviços especializados da rede como plataformas de relacionamento com médicos, serviços científicos e expertise em branding de novos produtos, entre outros. Em NY, por exemplo, a rede conta com o apoio de conteúdo científico produzido por 50 médicos contratados. Freitas fala que o campo de atuação para a agência é gigantesco. “Não dá nem para listar. Farma e OTC são pedaços grandes do bolo, e equiparados em negócios para as indústrias. E há wellness, que inclui maquiagem e cremes, e é muito abrangente. Numa esfera ainda maior, todas as grandes marcas têm interesse de fazer parte do bem-estar das pessoas, e um bom exemplo é o Apple Watch, que monitora o batimento cardíaco, por exemplo. Não há as fronteiras que havia antigamente”.

Há ainda campanhas de awareness e conscientização a respeito de doenças e hábitos saudáveis, assinadas por empresas ou sociedades médicas, outra tendência e que, segundo Arruda, cresceu muito nos últimos anos facilitado pelo digital, que possibilitou maior precisão de destino das mensagens, e a abertura de canais de conversas sobre diversos relativos à saúde. “Queremos influenciar não apenas a saúde de indivíduos. Com a comunicação conseguimos interferir positivamente nas doenças sociais: homofobia e feminicídio”, diz.