Após três anos de muito trabalho, organização e estruturação, a Hifi mostra sua cara ao mercado. A agência criada pelos sócios Augusto Câmara Lopes (ex-W/Brasil e Sogei Inc.), Nelson de Abreu (ex-Y&R e DPZ), Renato Prado (ex-Fábrica e JWT) e Ricardo Daotro (ex-Marketing Mechanics, agência australiana) já tem em sua carteira de clientes o Grupo Itavema, FGR Urbanismo, Track&Filed, Visanet, as marcas Etti e Assim, entre outros.

“Fazer o lançamento somente após três anos de atuação não foi uma estratégia, simplesmente achamos que agora era a hora, que a engrenagem estava funcionando. Não adianta se lançar no mercado sem estar estruturado. Decidimos fixar nosso posicionamento e fazer um bom trabalho antes de sair à rua”, afirmou Lopes, diretor executivo e de atendimento.

Sobre o fato de se lançar em um momento de crise econômica mundial, os sócios não se mostram preocupados. Na verdade eles enxergam o momento como uma oportunidade, como uma chance para mostrar o trabalho que já estão desenvolvendo. “Durante a crise as agências criativas vão se destacar com trabalhos melhores e mais baratos”.

A agência, com faturamento anual de R$ 25 milhões e 22 funcionários, decidiu fixar endereço na Rua Augusta, famosa via localizada na região central de São Paulo. O local não foi escolhido sem razão: a efervescência cultural e o movimento que mescla diferentes culturas são fontes inspiradoras para os criativos.

“A Augusta é multicultural. É muito interessante ter essa oxigenação, estar nesse lugar cheio de inspiração. Quando você sai do escritório circula entre várias ‘espécies’, desde a prostituta, o punk e o hippie, até o executivo”, avaliou Lopes. A proposta de trabalho da Hifi é ousar, fazer uma publicidade inusitada e que surpreenda o cliente. “A propaganda em geral está usando uma fórmula. Nós queremos ficar fora disso, queremos estar em movimento. O consumidor mudou, está mais exigente e o mercado não engessa mais o trabalho da publicidade”, analisou Caldas, diretor de criação (ex-DM9DDB, Neogama/BBH e Borghierh/Lowe).

Toda essa idéia de expandir as artérias da comunicação ficou resumida no conceito “disco”. A Hifi se define como uma agência disco porque pretende mostrar ao mercado um trabalho urbano, multicultural, em movimento e em constante evolução.

Por Suellen Vallini