O IAP (Instituto de Acompanhamento da Publicidade), instituição presidida por Petrônio Corrêa, fez pesquisa na qual aponta o investimento de R$ 1.015.773.838 em publicidade governamental no ano de 2006. O valor não inclui as verbas destinadas à produção, que normalmente atingem 20% do orçamento de mídia. O valor também não embute a publiadade legal, em torno de R$ 100 milhões, e patrocínios culturais e esportivos, que podem chegar a R$ 1 bilhão, segundos fontes do mercado. Os gastos das empresas estatais chegaram a R$ 775.178.636,08 no ano passado. O restante da verba foi para atividades ligadas à Presidência da República e ministérios, tanto em ações institucionais e nas PUPs (Publicidade de Utilidade Pública). O maior investimento entre os ministérios foi o da Saúde cujo orçamento foi de R$ 65.272.282,26 em 2006. Em 2005, a malha de anunciantes do governo federal foi responsável por R$ 962.982.830,38 em autorizações de publicidade. Os recursos de publicidade das estatais representam 76,3% da verba governamental. Segundo a assessoria de imprensa da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), as verbas das estatais, que cersceram 12%, tiveram maior impacto no crescimento geral de 5,48% entre 2005 e 2006. Para a Secom, a administração direta ficou com R$ 240.595.21,92, 11,25% menor em relação ao ano anterior, valores corrigidos pelo Índice Geral de Preços da Fundação Getúlio Vargas. É bom o governo ficar atento à contabilidade dos gastos em publicidade. Como 2006 foi ano eleitoral, o orçamento com ações de comunicação comercial, institucional e de utilidade pública do governo não pode ser superior aos três anos anteriores. A justiça eleitoral determina que os gastos sejam definidos pela média dos três anos anteriores ou o valor do último ano. Em 2005, segundo o IAP, investiu R$ 962.982.830,38 em 2005, R$ 956.141.799,84 em 2004 e R$ 667.648.387,07 em 2004. No ano passado houve concentratação das verbas de comunicação do governo no primeiro semestre, devido as regras da lei eleitoral. Só entre novembro e dezembro o governo federal foi autorizado a anunciar regularmente, após a confirmação da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este ano, a maior licitação dentre as contas governamentais é a da holding Petrobras que tem verba de R$ 250 milhões. No próximo mês de agosto será encerrado o contrato da Presidência da República com a Lew,Lara e a Matisse, esta última que assinou a campanha do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), que poderá ser renovado ou ter nova licitação. A área de publicidade do governo é comandada pelo ministro Franklin Martins e Ottoni Fernandes Jr., sub-chefe da Secom.

Paulo Macedo