A indústria gráfica deve fechar o ano de 2014 com uma queda de 1,7% na produção, segundo a Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica). A entidade prevê que em 2015 o mercado deve se retrair um pouco menos, com queda de 1,1% na produção.
“Neste ano, houve dois eventos que apostamos que seriam alavancadores. Na Copa, ficamos frustrados porque aquilo que ganhamos em venda ligada ao evento, perdemos porque o mercado desaqueceu. Nas eleições, alguns Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste tiveram crescimento de até 5%, mas no Sul e no Sudeste não houve crescimento porque o eletrônico avançou”, explicou Levi Ceregato, presidente da Abigraf Nacional.
Para 2015, as perspectivas também não são boas e a entidade tem previsão de retração de 1,1% na produção, mas o presidente da entidade mantém o otimismo. “Trabalhamos com a expectativa de crescimento zero, que não é crescimento na verdade. Queria também corrupção zero, falcatrua zero”, observou Ceregato.
Confraternização
A Abrigraf realizou seu almoço de confraternização na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), nesta terça-feira (16). O evento contou com a palestra “Quem falou de sociedade sem papel?”, ministrada por Roberto Duailibi, sócio fundador da DPZ.
O publicitário relembrou várias declarações que foram derrubadas pelo tempo a respeito de diversas tecnologias, como a frase de Bill Gates, em 2004, dizendo que o problema do spam seria resolvido em dois anos. Ele também destacou a importância da indústria gráfica. “Os leitores são a essência do nosso negócio. Sempre tivemos obstáculos. A indústria da comunicação sempre foi perseguida, desde os fenícios”, falou.
Duailibi se mostrou mais otimista quanto a 2015. “Eu aprendi que sempre que entramos o Natal com desconfiança, transformamos o ano em criativo e próspero”, disse.