Beatriz Bottesi, líder de marketing do Instagram no Brasil: “Expressão cultural no centro” (Divulgação)

O Instagram, que surgiu em 2010 como um aplicativo de fotos, hoje reproduz expressões culturais de mais de um bilhão de usuários ativos ao mês em 170 países. A plataforma busca inovações capazes de libertar pensamentos e manifestações que ganham voz nas ruas e contribuem para um mundo mais diverso e inclusivo. “A expressão cultural está no centro do Instagram”, define Beatriz Bottesi, líder de marketing da plataforma no Brasil, antecipando a abordagem que embasará a primeira campanha de marca e produto do Instagram direcionada aos brasileiros. Em desenvolvimento pela Africa, a ação vai falar principalmente com os jovens.

No pipeline de 2021, ainda está o lançamento da versão Lite da plataforma. Já presente em outros países, essa opção deve aportar por aqui ainda neste semestre com o objetivo de democratizar o acesso à rede. A expectativa de Beatriz é fechar o ano com uma campanha sobre segurança online, tema recorrente em iniciativas que buscam orientar os usuários – inclusive pais de menores de idade – sobre como devem proteger os perfis.

“Essa ação amarrará toda a nossa narrativa sobre a importância de sermos uma plataforma segura”, frisa a executiva, que começou a sua trajetória no Instagram há cerca de dois anos para fundar as bases da área de marketing da big tech. Foi o poder de conectar pessoas que enlaçou o interesse de Beatriz. “Quando li sobre uma plataforma visual de expressão em constante avanço para atender a comunidade, logo pensei que era lá que eu queria estar”, confessa.
Resiliência e capacidade de reaprender foram os próximos passos para enfrentar os desafios e responsabilidades impostos pelo trabalho. “Era uma estagiária dentro de uma cadeira de head de marketing”, brinca Beatriz.

De player de mídia a anunciante, o dia a dia do Instagram é permeado por agilidade, didatismo e educação para acompanhar não só a velocidade de um dos maiores expoentes da economia colaborativa como também as transformações de comportamento do consumidor pautadas cada vez mais pelo mundo digital. Um dos resultados foi o lançamento do Reels, no ano passado. Inicialmente chamado Cenas, o recurso de vídeos curtos foi testado durante oito meses no Brasil, berço de criadores de tendências mundiais.

“Ouvimos essa comunidade, que apontou a relevância do vídeo como forma de expressão”, explica Beatriz. Segundo a executiva, 45% dos vídeos postados em julho de 2020 no feed do Instagram tinham menos de 15 segundos. “Foi uma honra liderar aqui um projeto levado para o mundo todo”, comemora. Colaboração, conectividade e gestão de pessoas são enumerados como os guias para atingir os objetivos de negócios e ainda promover relações mais humanas de trabalho, uma das heranças que devem ser deixadas pela pandemia da Covid-19. “Habilidades comportamentais são prioritárias”, lembra a executiva.

Antes de se encantar pelo mundo da tecnologia, Beatriz trilhou caminhos em empresas centenárias, como a Coca-Cola, onde ocupou posições de liderança em marketing e comunicação integrada durante seis anos. Conduziu também a área de marketing da Nike no momento em que a marca se preparava para abraçar projetos ligados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016. “Não poderia ter lugar mais especial para uma marqueteira apaixonada por corridas. Foi incrível”, relembra a executiva.

Emblemática também foi a sua passagem pela Red Bull, que marcou a estreia de Beatriz no universo dos anunciantes com um trabalho de reposicionamento para diversificar as ocasiões de consumo da marca. Formada em administração com ênfase em marketing pela Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação de Campinas (ESAMC), a executiva concilia aprendizados vindos também de agências de Campinas, no interior de São Paulo, além de Wunderman e Fischer, acumulando experiência no atendimento e planejamento de clientes como Syngenta, Vivo, Land Rover, Panasonic e Heineken.