O levantamento mostrou que 2 em cada 3 usuários brasileiros preferem que a experiência de uso continue a mesma
O IAB Brasil fez um estudo para entender a opinião dos usuários da internet sobre pagar por serviços e conteúdos, como apps de mensagem, e-mail, acesso a músicas e vídeos, ou continuar com a gratuidade e ser impactado por anúncios como nos moldes atuais.
Sem surpresas, o levantamento mostrou que 2 em cada 3 usuários brasileiros preferem que a experiência de uso da internet continue a mesma. Registrou também que 87% dos participantes querem ter acesso à maioria dos aplicativos de forma gratuita.
Em um caso hipotético de o modelo de negócio ser alterado e começassem a ser cobrados pelo serviço, 61% afirmaram que usariam menos a internet. Desses, 34% diminuiriam o consumo para não pagar e 27% pagariam pouco e também reduziriam o acesso. Entre os dispostos a arcar com o uso, 60% informaram que não desembolsariam mais do que R$ 10,00 por informações e serviços que hoje consomem sem custo.
Realizado em parceria com a Nielsen e a Offerwise, a pesquisa entrevistou mais de 4,2 mil pessoas na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, e permite a comparação entre o cenário local e regional.
Outros países da América Latina
Mais da metade (65%) dos latino-americanos consideram a publicidade útil para encontrar produtos e auxiliar no processo de compra. O Brasil se destaca, com 73%, 8 pontos percentuais acima da média da região.
A preferência entre usuários hispânicos também é de 2 em cada 3 para que a experiência de utilização da internet continue a mesma: com a maior parte dos serviços digitais gratuitos e a presença de anúncios.
Chega a 92% o volume de respondentes que acreditam ser importante o direito de decidir por quais sites e aplicativos desejam pagar. No Brasil, o percentual ficou um ponto acima, 93%, o que reforça o entendimento de que a publicidade digital oferece ganhos aos usuários.
No cenário de custear serviços que hoje são gratuitos, 41% dos usuários dos outros países informaram que não pagariam e reduziriam o consumo de internet. Além disso, as médias do Brasil e dos países hispânicos ficaram em 57% e 58%, respectivamente, em relação aos usuários que não desembolsariam mais do que R$ 10,00 por qualquer tipo de serviço ao qual tem acesso sem custo hoje, considerando desde entretenimento até informação de qualidade.