Os investimentos globais em publicidade vão crescer 4,4% em 2016, atingindo US$ 548,2 bilhões, impulsionados pelos grandes eventos esportivos e a eleição presidencial dos Estados Unidos. Os dados são da Carat, rede de agência de mídia, que atualizou suas previsões de março com base nos dados recebidos de 59 mercados nas Américas, Ásia e EMEA.
Na Rússia o crescimento de 6,2% para 2016 é agora projetado em comparação ao antes imaginado 0,6% e Europa Central e Oriental em 4,7% e 2,2%. A Austrália também tem previsão de crescimento duas vezes maior do que a Carat tinha previsto antes, ficando em 5,4% em vez de 2,5%.
Mas estes são pequenos mercados quando comparados aos Estados Unidos, onde segundo a Carat vai crescer 5,0% em vez de 4,7%. Espera-se que as eleições presidenciais norte-americanas gerem US$ 7,5 bilhões de incrementos, observou a agência.
No mês passado, o Warc disse que o valor do mercado publicitário no EUA foi ajustado para crescer em 2016 no rítmo mais rápido desde 2010, com o investimento em propaganda aumentando 5,8%, em um recorde de US$ 178 bilhões.
Em outros lugares, apesar da saída da União Europeia, o Reino Unido vai continuar sendo o maior mercado de publicidade na Europa Ocidental, com crescimento de 5,4% esperados em 2016, superior à taxa média de 2,9% na região.
As previsões se mantiveram fortes na América Latina e na Ásia, com 10% e 3,9% de crescimento, respectivamente, em 2016, apesar das expectativas mais baixas do Brasil e ajustes da China em sua paisagem econômica.
A Carat espera que este movimento positivo impulsione 2017, com o contínuo aumento nos investimentos de mídia digital encaminhando os da propaganda global para US$ 570 bilhões.
A mídia digital é o principal tipo de mídia em 13 dos mercados analisados, observou a pesquisa, e está crescendo a níveis de dois dígitos (15,6% em 2016 e 13,6% em 2017) com a procura especialmente elevada para mobile, vídeo online e mídia social.
Assim, é esperado que a mídia digital atinja 27,7% do total da cota global de publicidade em 2016, crescendo para 30,2% em 2017. O share de TV pode chegar a 41,1% em 2016 e por conta, em parte, do número de eventos de mídia já observados anteriormente, o que pode diminuir para 40,3% em 2017. Carat reconfirmou em 2016 o crescimento do share para o cinema (4,5%), rádio (2,4%) e out of home (3,5%), enquanto print continua diminuindo (-5,5%).
Com informações do Warc