Calçados da Recria utilizam casca de arroz, são recicláveis, cruelty free, produzidos com energia limpa e sem material tóxico (Divulgação)

A Ipanema, marca de sandálias da Grendene, aumentou de 30% para 60% a utilização de materiais recicláveis em algumas linhas de produtos. Uma delas é a coleção de modelos clássicos Recria, pontapé para a nova fase da Jornada Sustentável, programa que reafirma o compromisso da empresa em elevar a sua eficiência energética em 10%, dobrar o uso de energia solar e reduzir o consumo de água para menos de um litro por par. A previsão é de que as metas sejam cumpridas até 2025, levando a companhia rumo a um modelo de menor impacto.

Daiane Fischer: “Preço acessível” (Divulgação)

Recicláveis, cruelty free, produzidos com energia limpa e sem material tóxico, os calçados da Recria trazem casca de arroz em sua composição, o que garante uma textura elegante, mas mostra também a preocupação em “democratizar o acesso a produtos que tenham menos impacto, com preços que cabem no bolso da consumidora, sem abrir mão da informação de moda e conforto”, pontua Daiane Fischer, gerente de marca e comunicação de Ipanema. Os preços variam entre R$ 19,99 e R$ 49,99.

Com receita bruta de R$ 2.334,8 milhões e 145,4 milhões de pares vendidos em 2020, a Grendene tem capacidade produtiva de 250 milhões de pares ao ano, que partem de plantas industriais localizadas no Ceará para cerca de 65 mil pontos de venda em todo o Brasil, além de mais de cem países.

Em 2011, a empresa estruturou um setor para desenvolver projetos de menor impacto e, por meio de ações nas fábricas, passou a usar apenas 1,3 litro de água para produzir um par. Desde 2013, a economia equivale ao volume de mais de 161 piscinas olímpicas. “Temos um dos menores consumos de água da indústria de calçados do Brasil”, garante Carlos André Carvalho, gerente de desenvolvimento sustentável corporativo da Grendene.

Carlos André Carvalho: “Menor impacto” (Divulgação)

Já a redução de energia vem da usina fotovoltaica que já opera na fábrica instalada na cidade de Sobral (CE), com capacidade para produzir 1.810 MWh, o que corresponde a 3% do consumo atual, além de evitar a emissão de 992 toneladas de dióxido de carbono equivalente ao ano.

“Agora é a vez de Crato, também no Ceará, onde a usina será capaz de produzir 30% do consumo energético”, revela Carvalho. Em oito anos, a redução foi de 13% no consumo de energia elétrica.

Falar sobre o plano sustentável da marca atendida hoje pela Mutato é o principal foco da comunicação de Ipanema, que ainda inclui esforços para ampliar a gestão de resíduos e economia circular. O plano de coleta ocorre em mais de 350 Clubes Melissa de todo o Brasil para a correta destinação nas fábricas.

Do Ipanema Arte Conecta vem outra iniciativa que, além de reforçar a jornada de sustentabilidade, incentiva mulheres artistas. A marca prepara o lançamento da coleção Sempre Nova, que ainda tem estratégia guardada na caixa.