A iProspect, agência de mar- keting digital do Dentsu Aegis Network, quer aumentar a presença na América Latina e pretende colocar os planos em práticas já em 2018. “Temos planos bastante agressivos, que devem estar completos até o meio do ano que vem. Vamos mudar em escala, talentos locais, novos clientes… vai ser, provavelmente, a maior organização de digital da América Latina. Nossa presença vai ser mais consistente, se tivermos sucesso em nosso plano”, conta Philippe Seignol, presidente da iProspect para América Latina. As aquisições, no entanto, não incluem empresas brasileiras. “Já somos grandes no Brasil”, avisa o executivo.

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A agência de marketing digital do Dentsu Aegis Network apresentou dois cases em parceria com a P&G, no mês passado, durante o Festival of Media Latam, realizado em Miami. “A P&G é ótima para nós porque nos deu a oportunidade de trazer à vida o que nós sabemos fazer e toda a experiência que temos. No Brasil, foi o nosso primeiro cliente a nos deixar usar o quanto de dados a gente queria. Usamos esses dados interligados para estarmos certos de que estamos abordando o consumidor no momento certo, com o produto certo e a oferta certa. É um círculo virtuoso. Se estamos performando eles colocam mais dinheiro”, afirma.

De acordo com Seignol, apesar de recente, a presença da agência na região é importante. “Já estávamos antes, mas em 2004 foi o grande movimento que fizemos em digital nesta região. Nosso crescimento tem sido bem maior que dos concorrentes porque nós queremos acelerar”, fala.

Os mercados emergentes estão entre os objetivos da rede. “Um dos nossos maiores focos é ter excelência local nos mercados em crescimento. Não podemos ter excelência global se não tivermos excelência local”, fala a global CMO da iProspect, Misty Locke. 

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A executiva destaca que a região, às vezes, demora mais para receber as novidades. “A América Latina pode, sim, ter insights a partir de outros mercados, mas não necessariamente porque é um mercado que está sempre atrás. Eu não acho que seja uma questão de capacidade ou desejo, mas um hiato de tecnologia”, diz.

Ela lembra que uma das vantagens da região é a tendência a ser mais social. “Há algumas áreas em que vocês têm habilidade autêntica de avançar, além de outros mercados. Por natureza, vocês se adaptam ao social primeiro”, conta.

Seignol também abordou os pontos positivos da crise. “Anunciantes costumam ser muito tradicionais, não costumam arriscar, e agora é tempo para mudar um pouco”, pondera Seignol.

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