Realizado virtualmente, o ‘Bioeconomia em Foco, onde negócios e sustentabilidade se encontram’ reuniu os presidentes dos três principais bancos privados do Brasil em torno da Amazônia, tema central do encontro.

Fruto da parceria entre Itaú Unibanco, Santander e Bradesco, o Plano Amazônia foi lançado no ano passado. A iniciativa tem o objetivo de estabelecer o compromisso das instituições com medidas concretas para a conservação ambiental, o desenvolvimento da economia e o investimento em infraestrutura sustentável, além da contribuição para a garantia dos direitos básicos da população.

Entre as ações que contemplam o plano estão o estímulo às cadeias sustentáveis na região por meio de linhas de financiamento diferenciadas e/ou ferramentas financeiras e não financeiras; a viabilização de investimentos em infraestrutura básica para o desenvolvimento social e ambiental; fomento de um mercado de ativos e instrumentos financeiros de lastro verde, entre outros.

Plano Amazônia reúne os três principais bancos privados do país (Sebastien Goldberg/ Unsplash)

“É possível produzir de modo sustentável na Amazônia, é possível criar riquezas na economia local e trazer prosperidade para aquelas famílias”, afirmou Octavio de Lazari Júnior, CEO do Bradesco.

Para isso, ainda de acordo com o executivo, é preciso ter envolvimento de mais pessoas. “Nós precisamos preparar a população, preparar os empresários, fomentar o empreendedorismo, para mostrar que a Amazônia não é terra de ninguém. Lá tem empresários que ajudam a conservar a floresta”, disse.

Com cinco milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia Legal representa 59% do território nacional e 67% das florestas tropicais do planeta, além de acolher um terço das árvores mundiais, e 20% das águas doces. De acordo com o último censo demográfico do IBGE, realizado em 2020, a região tem 28,1 milhões de moradores, o que representa 13% da população brasileira.

Presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial enfatizou que a floresta vale mais preservada do que destruída. “E essa percepção precisa acontecer pela transição da economia de combustível fóssil por uma economia de baixo carbono”, destacou. “O Brasil é uma fonte capaz de neutralizar os efeitos no planeta”, completou.

O executivo disse ainda que é preciso ir atrás das pessoas, protagonistas da mudança. “Ver o setor privado com uma postura inclusiva, social e de responsabilidade ética em relação ao país é um sinal de novas lideranças”.