É uma geração permeada pelo imediatismo e pela busca rápida por recompensa. Pelo menos foi o que apontou a terceira edição da pesquisa “Digital kids e tweens”, que avaliou o comportamento das crianças e pré-adolescentes entre oito e 14 anos e sua relação com tecnologia, mídia e entretenimento.
Realizada pelo Click Jogos em parceria com a Catapani & Associados Pesquisa de Mercado, o estudo apontou, entre outros pontos, que crianças e jovens vivem em uma teia de entretenimento, formada por uma rede de pontos de contato, e chamar sua atenção não é uma tarefa fácil, nem mesmo para grandes marcas. Entre as preferidas dos entrevistados aparecem gigantes como Nike, Coca-Cola, Hollister, Adidas e Samsung.
De acordo com a pesquisa, até os 12 anos, basicamente são as mães que escolhem as marcas que os filhos vão usar. Depois disso, as meninas declaram ter estilo próprio. Quando mais velhas, blogs, revistas e a moda constroem o estilo. Nesta fase, o Instagram também é muito utilizado como fonte de referência.
As marcas esportivas têm grande apelo, principalmente entre os meninos. Quando são menores, os entrevistados não sabem ao certo o significado das marcas, enquanto maiores parecem dar mais importância. Passam a conhecer quando veem amigos usando ou em clipes, TV e shoppings. Outro dado do estudo revelou que em 2012 os pais influenciavam os filhos no uso da tecnologia. Já em 2014, os filhos usam tecnologia com ou sem a influência dos responsáveis.
A pesquisa também verificou que meninos, de oito a 12 anos, gastam mais com jogos (piratas e originais) e video games. Acessórios, roupas, perfumes e cuidados pessoais aparecem mais nos gastos das meninas. Entre 13 e 14 anos, o cenário é o mesmo, acrescido de livros e saídas como cinema, jantar com amigos.
Mais um destaque da pesquisa é que, com a popularização do WhatsApp, a troca de mensagens passou de quinto para segundo lugar no ranking de principais atividades dos jovens em 2014, mesmo resultado de 2012 e 2013. Em primeiro lugar aparecem os jogos. Já em terceiro, os vídeos, seguidos de música e estudo.
Com relação aos dispositivos, o computador ainda é o ponto de partida de acesso mais utilizado, mas a tendência é que isso mude, já que o uso de smartphones e tablets tem crescido entre os jovens. Facebook, YouTube e Google lideram a lista de sites mais acessados entre os entrevistados.
O estudo ouviu mais de 700 crianças e adolescentes, em todo o Brasil, entre janeiro e março deste ano. A metodologia utilizou abordagem quantitativa, que consistiu em visitas domiciliares com entrevistas com os pais e interação com os jovens; e qualitativa, em que foram consultados três especialistas da área.