O Jornal da Record News, exibido de segunda a sexta, às 21h, comemora cinco anos no próximo dia 23. A atração aposta na informalidade e na interatividade para se destacar frente aos concorrentes. “Temos alguns diferenciais. O primeiro é que estamos em dupla plataforma há cinco anos; o segundo, que temos trabalhado com toda a interatividade que a internet tem”, diz Heródoto Barbero, âncora do jornal. A interatividade está, por exemplo, na exibição da reunião de pauta, toda tarde, ao vivo, pelo Facebook e na participação dos telespectadores pelo WhatsApp.
Desde a estreia, a atração é exibida simultaneamente na TV aberta, no canal 42 UHF e no portal R7. “O jornal nasceu para ser muito interativo, até por isso a dupla plataforma, mas, nestes cinco anos, ele se tornou ainda mais interativo. Logo na largada, não tinha uma participação tão grande de redes sociais”, explica Ailton Nasser, o Mineiro, chefe de redação da Record News.
Para Barbeiro, a nova realidade do mercado de comunicação é a principal mudança encarada pelo JR News desde a estreia. “Nós estamos passando por uma revolução na comunicação que está provocando uma confluência de mídia. Estamos nos esforçando para manter os requisitos básicos do jornalismo, que são independência, moralidade, ética, isenção e interesse público, nessa confluência. Muitas vezes, ela nos atropela. A velocidade com que as coisas são ditas, às vezes, nos leva a publicar coisas que não aconteceram. Precisa ter muito mais cuidado hoje do que no passado”, conta o âncora.
Hoje eles usam as novas tecnologias e plataformas, inclusive, para gerar conteúdo. Uma declaração de uma personalidade que chega pelo WhatsApp pode ser colocada no ar sem problemas. “O telespectador dá desconto na qualidade para priorizar a informação”, fala Nasser.
Outra aposta do programa é a informalidade. Não há bancada. Barbeiro passa o programa inteiro se locomovendo pelo cenário. Ao chamar os repórteres, o âncora também tenta manter o ar descontraído, muitas vezes fazendo algum comentário que o mostre como um ser humano comum. “Eu também cumprimento o entrevistado, estendendo a mão. Isso faz com que seja uma conversa, envolvendo o espectador”, fala.
Um dos desafios do jornal é entrar no ar quando o público já foi bombardeado por muitas informações. “Fazer um telejornal às 21h para um público que já sabe tudo. Esse é o nosso grande dilema. Temos de pensar o que aquele cara gostaria de acrescentar ao que ele já sabe. Centramos muito na parte explicativa”, diz o âncora. “O JR News tem informação com análise. O Heródoto não dá a opinião dele o tempo todo. Ele conduz para o telespectador fazer a sua análise”, completa Nasser.
Dar sempre os dois lados da informação é uma das preocupações de Barbeiro. “A opinião crítica é sua. Essa é uma forma de construir uma relação de credibilidade com as pessoas. Esse trabalho equilibrado é o nosso diferencial competitivo.”
O chefe de redação chama a atenção para o fato de a Record News ser o único canal de notícias brasileiro presente na TV aberta. “Temos de fazer um bom jornalismo, um bom canal de notícias, independentemente da plataforma em que estamos. Até isso está mudando no público brasileiro. Não necessariamente quem está na aberta quer ver só o escracho e quem está na fechada quer ver o cara sentadinho, falando de um assunto que não interessa a ninguém. Por que não oferecer na aberta o conteúdo que teoricamente estaria só na fechada?”, afirma Nasser.
Como parte da comemoração de cinco anos, o Jornal da Record News vai realizar um talkshow, na Livraria Cultura, em São Paulo, no dia 25.