A WMcCann apresenta o resultado do estudo “A verdade sobre a juventude global”. A pesquisa foi realizada com sete mil pessoas entre 16 e 30 anos em abril de 2011, em conjunto com outros escritórios da McCann Worldgroup, incluindo sete mercados: Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, China, Índia, Brasil e México. A intenção era observar as motivações dos jovens ao redor do mundo e revelar o que os fazem ser diferentes das outras gerações anteriores.

A pesquisa mostra uma visão do primeiro estudo global desta geração, regrada pela tecnologia e motivada por três necessidades fundamentais: autenticidade, justiça e compartilhar. A tecnologia foi listada como o quinto sentido dos jovens. 53% dos entrevistados, de 16 a 22 anos, disse que abririam mão do seu senso de olfato, mas não da tecnologia. Para essa geração, a tecnologia não é um simples adendo, os jovens a utilizam como uma espécie de supersentido que os conecta ao conhecimento, aos amigos e as oportunidades de entretenimento.

Quando perguntados sobre os valores que eles procuram em um melhor amigo, os jovens citaram “verdadeiro”. Escolhido  por 42%, o conceito teve o dobro de respostas em relação à segunda opção considerada mais importante: autenticidade, escolhida por 22%. “Verdadeiros” é também a palavra mais aplicada quando eles se autodefinem – 21% escolheram essa opção como uma descrição pessoal.

A justiça é a segunda motivação mais importante para os jovens, escolhida por 52% . A maneira pela qual os jovens se qualificam é “diferenciar o certo do errado” (44%). Uma grande porcentagem diz que a coisa pela qual eles mais querem ser lembrados na vida é “mudar o mundo de uma maneira positiva”. Além disso, os jovens ao redor do globo têm conhecimento de como as mídias sociais podem atuar e elas são aproveitadas na questão da justiça social. As ferramentas são usadas para “reimaginar” como a justiça atua e como eles podem tomar medidas quanto a essa questão.

A pesquisa também descobriu que, para os jovens de hoje, tudo gira ao redor da economia social, das pessoas com quem nos relacionamos e com que compartilhamos. Como disse um entrevistado, “se não há fotos, não aconteceu”. Considerando que a geração passada focava em cultivar um grupo pequeno de amigos, os relacionamentos entre os jovens de hoje são muito mais complexos. Usando a mídia social, um adolescente é susceptível a gerenciar e manter vários grupos de amizades.

Neste cenário, comenta Aloísio Pinto, vice-presidente de planejamento da WMcCann e coordenador do estudo no Brasil: “Se conectar com amigos estrangeiros substituiu a necessidade de ‘pertencer’ a um grupo fechado de amigos. Essa é a ‘geração estratégica’ que, de forma eficaz, constrói diferentes identidades e avalia a utilidade de conexões específicas. Não é a toa que 47% dos jovens querem ser lembrados por suas relações e conexões”.