Os jovens latino-americanos, da chamada geração do milênio (os millennials), que têm entre 18 e 30 anos, são os mais otimistas em relação às perspectivas do futuro em seus países e sobre suas próprias vidas, aponta a nova pesquisa “Global Millennial Survey 2014” da Telefónica, realizada com mais de 6.700 jovens da América Latina, Estados Unidos e Europa Ocidental.  A sondagem, que é uma continuação do estudo feito em 2013, mostra que 72% dos jovens da América Latina acreditam que os melhores dias do seu país estão por vir, em comparação com 51% deles nos Estados Unidos e 50% da Europa Ocidental.

Os latino-americanos também têm espírito empreendedor: 72% acreditam que há oportunidades para empreender em seus países ou trazer ideias para o mercado, sendo que no Brasil esse sentimento é o maior (34%), América Latina (30%), EUA (23%) e Europa (16%).

Quando questionados sobre como enxergavam o futuro, 62% dos jovens latino-americanos se disseram muito otimistas contra 61% dos brasileiros; 43% dos norte-americanos de 22% da Europa Ocidental. Por outro lado, eles estão insatisfeitos com o ensino, questão apontada como um dos maiores problemas para 75% dos jovens brasileiros; 57% dos latino-americanos; 39% dos americanos e 41% dos europeus.

“Os jovens estão pedindo uma nova forma para serem educados. Querem a revisão do currículo”, destacou Gabriella Bighetti, presidente da fundação da Telefônica no Brasil, que apresentou a pesquisa durante a Futurecom, nesta segunda-feira (13), em São Paulo.

A pesquisa também mostrou que os jovens estão mais conectados aos dispositivos móveis – tablets e celulares – constantemente, várias vezes ao dia, sendo que as redes sociais são as campeãs de acesso em todas as regiões pesquisadas, seguidas por mensagens de texto, ligações telefônicas, vídeos e leitura de notícias. “As redes sociais têm uma tendência forte de acesso, mas não podemos generalizar uso. Cada jovem usa muito de acordo com os seus interesses”, reforçou Gabriela.

Os Millennials também estão preocupados com o mundo ao seu reder e consideram a pobreza (44%), a corrupção (36%), a economia (26%) e a educação (26%) as questões mais importantes que o mundo enfrenta atualmente. A corrupção (56%) e o sistema de ensino (42%) são citados globalme nacional pela geração do milênio. Os Millennials sentem que são capazes de gerar um impacto positivo no mundo, com quase dois terços (65%) dizendo que acreditam fazer a diferença local, e 40% dizendo que podem fazer a diferença global.

Sonho americano

Alec Ross, pesquisador sênior da Universidade da Columbia e que participou do lançamento do estudo, ressaltou que a principal mensagem para ele é que “o sonho americano está vivo para os jovens latino-americanos. Eles estão muito otimistas a respeito do futuro”.

Para a “Global Millennial Survey 2014”, foram realizadas 6.702 entrevistas quantitativas entre os Millennials de 18 países de três grandes regiões:  Estados Unidos, Europa Ocidental e América Latina. A Penn Schoen Berland conduziu a pesquisa de 23 de junho a 4 de agosto de 2014, por meio de um questionário online.