Profissionais do mercado publicitário e de comunicação estiveram reunidos nesta segunda-feira (11) na sede da ESPM, em São Paulo, para o Cannes Predictions — iniciativa global da Leo Burnett Worldwide que apresenta os cases com maior chance de premiação no Cannes Lions, que começa no próximo domingo (17), na França. O evento é realizado no país pela Leo Burnett Tailor Made, pelo propmark e pelo jornal O Estado de S.Paulo, representante brasileiro do festival. A organização é da PS Carneiro.
Os participantes assistiram a uma seleção de 36 filmes e, por meio de votação eletrônica, indicaram seus favoritos a Leão. A lista foi composta por 26 cases internacionais, selecionados pela Leo Burnett Worldwide, e por 10 filmes brasileiros, apontados por agências locais. A dinâmica de votação foi monitorada pela Telemeeting.
O filme “Keep walking, Brazil“, da Neogama/BBH para a Johnnie Walker, foi o mais bem avaliado. O trabalho, lançado em outubro do ano passado, é o primeiro da marca focado no mercado brasileiro e mostra que o “gigante brasileiro” não está mais adormecido. O filme não estava presente na lista global da Leo Burnett, mas recebeu indicação das agências do país.
Na sequência, “Bikers”, da agência Dulvar Guillaume para a marca de cerveja Carlsberg, foi o com maior nota dos votantes. A campanha “Dads in briefs”, da agência argentina Del Campo Nazca S&S para a marca de ar-condicionado BGH Hair Contioners, ficou em terceiro. O case “The bear”, da BETC Euro RSCG para o Canal+ ficou em quarto e, em seguida, o mais votado foi o filme “Shake on it”, da agência Wieden+Kennedy NY para a ESPN.
Chances do Brasil
Os jurados brasileiros Mario D’Andrea, sócio e cco da Fischer & Friends, do júri de Titanium & Integrated, e Roberto Fernandez, diretor executivo de criação da JWT Brasil, jurado em Radio, participaram de um talk show comandado por Marcello Queiroz, diretor de redação do jornal propmark, e deram suas impressões sobre as chances do país no Cannes Lions 2012.
Fernandez falou das dificuldades para os brasileiros em Radio, principalmente na hora de adaptar o conteúdo do trabalho para a inscrição. “Em outras áreas, a adaptação afeta 30% da peça, mas em rádio, verter para o inglês altera 90% do material”, disse. “O rádio tem como características a linguagem jocosa, do povo. Reflete o Brasil e temos dificuldade em verter isso para fora”. Nesse ano, a área recebeu 1.784 trabalhos do mundo todo, um aumento de 31% nas inscrições.
Para D’Andrea, as chances do país estão em Digital, Radio e Mobile, “onde a criatividade tem menos regras e mais liberdade”. “Para Integrated e Film não estamos com tanto material interessante”, afirmou.
